De visita à região, o secretário-geral da NATO fez ainda um apelo à Arménia e ao Azerbaijão para que cheguem a um acordo que proporcione uma paz duradoura entre os dois países. "Enfrentamos um mundo mais perigoso", alerta Stoltenberg.
O secretário-Geral da NATO, Jens Stoltenberg, chegou à Arménia esta terça-feira e manifestou apoio claro a Yerevan, que nos últimos tempos tem procurado uma solução para o conflito histórico com o Azerbaijão.
" A NATO apoia a soberania e a integridade territorial da Arménia e as suas aspirações pacíficas", afirmou Stoltenberg, na primeira visita que faz à Arménia, onde se encontrou com o presidente e o primeiro-ministro do país.
Sobre a estabilidade no Cáucaso Meridional, o líder da Aliança Atlântica instou a Arménia e o Azerbaijão a chegarem a um acordo que abra caminho à normalização das relações e a uma paz duradoura. "Isto é importante para a segurança euro-atlântica, uma vez que enfrentamos um mundo mais perigoso", salientou.
Por sua vez, o chefe do governo arménio, Nikol Pashiniyan, sublinhou a vontade de "prosseguir e desenvolver o diálogo político existente" e de "alargar as parcerias com a aliança, bem como com cada um dos Estados-membros".
"À luz dos acontecimentos que tiveram lugar na nossa região, é extremamente importante que a Arménia reforce a sua capacidade de resistência e desenvolva capacidades de defesa adequadas", declarou Pashiniyan.
Stoltenberg e Pashinyan discutiram questões relacionadas com a conclusão de um acordo de paz entre Baku e Yerevan, informou o serviço de imprensa do governo arménio.
O secretário-Geral da NATO já visitou a Geórgia e o Azerbaijão.
Arménia diz querer evitar guerra com o Azerbaijão
Na semana passada, Pashinyan afirmou que o Azerbaijão exige, o mais rapidamente possível, a transferência para o seu controlo de quatro aldeias consideradas exclaves do período soviético adjacentes à região arménia de Tavush, que ficaram sob o controlo da Arménia na sequência de operações militares nos anos noventa do século passado.
Na reunião com os residentes de uma dessas aldeias, o primeiro-ministro arménio deu conta de que planeia iniciar o processo de demarcação e delimitação das fronteiras, a fim de evitar a guerra com o Azerbaijão.
"É importante para nós consolidar a integridade territorial da Arménia. Mas se queremos que outros a reconheçam, temos primeiro de a reconhecer nós próprios. Eu digo que esta é a única maneira de construir o nosso futuro", frisou Pashinyan.
"Neste momento, não temos nenhum acordo com ninguém, nenhuma decisão", acrescentou.
Os meios de comunicação social arménios referem que os residentes das aldeias de Voskepar e Baghanis manifestaram a sua disponibilidade para bloquear as estradas e organizar a autodefesa no caso de as aldeias da região arménia de Tavush serem entregues ao Azerbaijão.