Em Orsk, a cidade russa mais atingida pelas inundações das últimas semanas, os cidadãos protestaram contra a forma como o governo está a gerir a situação. Cerca de 11.000 pessoas tiveram de ser retiradas da cidade russa.
Centenas de russos reuniram-se, na segunda-feira, na cidade de Orsk, na fronteira com o Cazaquistão, para protestar contra a "inércia das autoridades" após as fortes inundações das últimas semanas que afetaram Rússia e também o Cazaquistão.
Os cidadãos russos pediram ainda uma indemnização do governo na sequência do colapso de uma barragem e das inundações das últimas semanas que afetaram a região de Orenburg, segundo as agências internacionais.
Após o protesto, que decorreu na Praça Komsomolskaya, o governador da região de Orenburg, Denis Pasler,prometeu o pagamento de uma indemnização, durante seis meses, às pessoas forçadas a abandonar as residências por causa das cheias.
Os protestos são um fenómeno invulgar na Rússia, onde as autoridades têm reprimido sistematicamente qualquer forma de dissidência, sobretudo depois da invasão russa da Ucrânia.
Na segunda-feira, o presidente da câmara de Orenburg, Sergei Salmin, apelou à retirada de todos os habitantes da zona afetada pelas cheias e avisou que o nível das águas continuava a subir. A imprensa estatal russa revelou que cerca de 10 mil habitações, incluindo 7.000 em Orsk, tinham sido inundadas.
As inundações, causadas pela subida do nível das águas do rio Ural - depois de a neve ter derretido, devido ao tempo invulgarmente quente - obrigaram à retirada de mais de 4.000 pessoas, incluindo 885 crianças, da região de Orenburg, informou o governo regional no domingo.
O governo russo declarou estado de emergência nas áreas atingidas pelas inundações de Orenburg, afetadas pelo colapso da barragem que deixou inundada a parte antiga da cidade.