Líderes da União Europeia condenam ataque do Irão a Israel e apelam à contenção

Um homem passa por um mural que representa o presidente dos EUA, Joe Biden, como um super-herói que defende Israel, numa rua de Telavive, Israel, no domingo, 14 de abril de 2024.
Um homem passa por um mural que representa o presidente dos EUA, Joe Biden, como um super-herói que defende Israel, numa rua de Telavive, Israel, no domingo, 14 de abril de 2024. Direitos de autor Tsafrir Abayov/Copyright 2023 The AP All rights reserved
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De  Joshua AskewSandor Zsiros
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Artigo publicado originalmente em inglês

As capitais europeias estão a apelar à contenção e a tentar desanuviar o conflito, na sequência dos ataques de Teerão a Israel que ocorreram na madrugada de domingo.

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Os líderes da União Europeia recorreram às redes sociais para condenar os ataques do Irão a Israel, que ocorreram na madrugada deste domingo. Os ataques terão sido uma retaliação ao alegado bombardeamento israelita contra um edíficio consular iraniano na Síria, no início de abril. 

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, escreveu na rede social X que condena  "veementemente o ataque flagrante e injustificável do Irão a Israel" e apelou ao Irão e aos seus representantes "para que cessem imediatamente estes ataques".

"Todos os envolvidos devem agora abster-se de uma nova escalada e trabalhar para restaurar a estabilidade na região", acrescentou von der Leyen. 

Teerão lançou cerca de 300 drones, mísseis balísticos e de cruzeiro contra Israel entre sábado e domingo, embora as Forças de Defesa de Israel tenham intercetado a grande maioria.

O ataque foi uma retaliação a um suposto ataque israelita a um edifício consular iraniano na Síria, no início do mês, que matou 12 pessoas. Entre os mortos estão dois generais iranianos de alta patente.

Também a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, classificou o ataque do Irão como uma "escalada de grande importância". Metsola disse, ainda, que "vai continuar a trabalhar para diminuir a escalada e impedir que a situação se transforme em mais mortes".

O mesmo tipo de condenação foi ecoado nas capitais europeias.

"Deploro com toda a veemência o ataque injustificado do Irão contra Israel", afirmou a primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, citada pelas agências internacionais.

"A prioridade máxima deve ser travar qualquer nova escalada na região", acrescentou Kallas.

O primeiro-ministro francês, Emmanuel Macron, criticou o ataque de Teerão, afirmando que ameaça "desestabilizar a região".

"Manifesto a minha solidariedade para com o povo israelita e o compromisso da França para com a segurança de Israel, dos nossos parceiros e da estabilidade regional", escreveu na rede social X.

O exército francês, juntamente com as forças britânicas e americanas, ajudaram Israel a combater o ataque do Irão na noite passada, de acordo com as autoridades francesas, citadas pelas agências internacionais. Estes três países ocidentais têm sido os principais fornecedores de armas de Israel, que trava uma guerra contra o Hamas em Gaza.

Os líderes do G7 deverão reunir-se este domingo, através de videochamada, para discutir a sua resposta ao ataque. Esta é a primeira vez que o Irão atinge diretamente o seu rival regional.

Em comunicado enviado à Euronews, Julien Barnes-Dacey, diretor do programa para o Médio Oriente e Norte de África do Conselho Europeu de Relações Externas, afirmou: "O Irão sentiu-se obrigado a responder ao ataque de Israel contra o seu consulado na Síria. Os ataques diretos do Irão a Israel são um passo sem precedentes numa guerra regional cada vez mais profunda e direta".

"Mas os ataques foram muito bem telegrafados com antecedência e o Irão deixou claro, mesmo durante o desenrolar dos ataques, que queria evitar desencadear um conflito mais vasto. Tratava-se de demonstrar uma resposta firme, mas mantendo-a suficientemente controlada para evitar provocar uma guerra direta, que continua a ser o principal objetivo do Irão", pode ler-se em comunicado. 

Mesmo os Estados-membros da União Europeia que normalmente vão contra a linha de Bruxelas juntaram-se ao coro de críticas contra Teerão.

O líder da extrema-direita húngara, Viktor Orban, disse, segundo as agências internacionais, que vai "rezar pela segurança do povo israelita".

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