Sloviansk, Kherson e Dnipro foram bombardeadas entre domingo e esta segunda-feira. Ataques incidiram sobre prédios residenciais e infraestruturas energéticas, provocando dezenas de feridos e cortando a distribuição de gás. Estados Unidos dizem que vão garantir segurança da região do Mar Negro.
Um ataque áereo russo ao centro de Sloviansk, na manhã desta segunda-feira, abriu um buraco em frente a um edifício de cinco andares, danificando as comunicações e interrompendo o abastecimento de gás em 85 apartamentos. Não há registo de mortos ou feridos.
O tipo exato de arma utilizada no ataque com mísseis ainda não foi determinado. As lojas do edifício foram destruídas, sendo que a Escola de Artes da cidade também foi atingida.
Bombardeamento noturno em Kherson
O exército russo continua a atacar a margem direita da região de Kherson, tendo atingido 12 localidades. Este domingo, os bombardeamentos russos causaram estragos em edifícios residenciais, infraestruturas críticas e condutas de gás. Não foi reportada qualquer morte.
Uma jovem de 16 anos, residente na aldeia de Kizomys, ficou ferida depois de ter sido atingida por estilhaços das explosões e teve de ser internada no hospital.
Algumas famílias não estavam em casa durante os ataques e escaparam às consequências das explosões.
Dezenas de casas destruídas em Dnipro
Este domingo, a Rússia atacou com drones o centro da cidade de Dnipro e a comunidade de Chervonogryhorivska fizeram 13 feridos, entre eles uma criança, e destruíram cerca de 35 casas particulares. Foi prestada ajuda psicológica a 12 pessoas, incluindo duas crianças. Também não há relato de quaisquer mortes.
A Força Aérea ucraniana reportou o uso de armas balísticas. Foram danificados 11 carros e uma linha de eletricidade.
Estados Unidos prometem garantir segurança do Mar Negro
O Secretário de Estado norte-americano garantiu, esta segunda-feira, aos países do Mar Negro que podem contar com o apoio dos Estados Unidos para tornar a região mais segura.
Numa intervenção por vídeo na Segunda Conferência de Segurança do Mar Negro em Sófia, na Bulgária, Anthony Blinken sublinhou a importância de investir na segurança da região para garantir a paz e a liberdade em toda a Europa.
"Putin acreditava que os vizinhos da Ucrânia na região estariam divididos, mas ele estava errado", afirmou Blinken, acrescentando que os Estados Unidos manterão o apoio à Ucrânia.
Kiev renova pedido de armas e munições
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, vincou que Kiev necessita de mais apoio militar, incluindo artilharia, munições e sistemas de defesa aérea.
Kuleba, que também falou através de vídeo, disse que o aumento das capacidades da defesa aérea ucraniana também reforçará a estabilidade regional e global, uma vez que permitirá proteger a segurança dos vizinhos da Ucrânia e de toda a região do Mar Negro.
"Hoje em dia, não há outra linguagem que Moscovo compreenda melhor do que a linguagem da força. É isso que eles respeitam, tudo o resto é visto como uma fraqueza", declarou Kuleba.
O chefe da diplomacia ucraniana referiu ainda que o Mar Negro deve tornar-se "o mar da NATO, da paz e da estabilidade", apelando à NATO para que implemente "uma estratégia abrangente e ambiciosa do Mar Negro, destinada a reduzir a influência maligna da Rússia".
A conferência é co-organizada pelos Ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Defesa da Bulgária e da Ucrânia, em parceria com o Centro de Estratégias de Defesa da Ucrânia, e tem por objetivo reforçar a segurança na região do Mar Negro.
A Bulgária, a Geórgia, a Roménia, a Rússia, a Turquia e a Ucrânia são banhadas pelo Mar Negro.