Incêndio no popular edifício dinamarquês terá destruído séculos de património cultural, ainda que muitos tenham tentado retirar obras de arte do edifício.
Um incêndio deflagrou esta terça-feira num dos mais antigos edifícios de Copenhaga, onde funcionou a bolsa de valores da capital dinamarquesa, fazendo colapsar o icónico pináculo da construção.
O fogo obrigou ainda a retirar todas as pessoas de um anexo do parlamento, que fica no edifício ao lado, no Palácio de Christiansborg, sede da monarquia e edifício governamental. Não há, por agora, vítimas a registar.
O telhado do edifício, que remonta ao século XVII e é uma popular atração turística de Copenhaga, foi consumido pelas chamas. O pináculo, formado pelas caudas entrelaçadas de quatro dragões, atingia os 56 metros de altura, segundo a AP.
Quando começou o fogo, várias pessoas, incluindo transeuntes, precipitaram-se para dentro do edifício numa tentativa de salvarem as obras de arte que ali estavam expostas.
Jakon Engel-Schmidt, ministro da Cultura da Dinamarca, já admitiu que foi "tocante" ver como todos quiserem ajudar os serviços de emergência para "salvar tesouros artísticos e imagens icónicas do edifício em chamas". Segundo o governante, 400 anos de património cultural dinamarquês foram consumidos pelo fogo. No edifício estavam sobretudo pinturas de artistas dinamarqueses relevantes desde o século XVII até aos dias de hoje.
O edifício estava a sofrer obras de renovação: no exterior, estava cercado por andaimes e envolvido numa cobertura protetora de plástico. Atualmente, era a sede da câmara do comércio da Dinamarca, que já lamentou o ocorrido.
Por agora, desconhecem-se as causas do incêndio. Os serviços de emergência admitiram que os andaimes dificultaram o combate às chamas, que terão causado danos graves. Segundo os responsáveis dinamarqueses, o fogo foi mais intenso em torno da torre com o pináculo.
O incêndio no centro histórico da Dinamarca ocorre praticamente cinco anos depois daquele que consumiu a Catedral de Notre-Dame, em Paris, a 15 de abril de 2019.