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Macron vai à Alemanha na primeira visita de Estado de um presidente francês em 24 anos

Os presidentes francês e alemão
Os presidentes francês e alemão Direitos de autor (John Macdougall/Pool via AP)
Direitos de autor (John Macdougall/Pool via AP)
De  Sophia KhatsenkovaLiv Stroud
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Artigo publicado originalmente em inglês

O presidente francês Emmanuel Macron visitará o presidente alemão Frank-Walter Steinmeier em Berlim no domingo, na primeira visita de Estado de um presidente francês em 24 anos. A visita de Estado é o mais alto nível de gesto de cortesia diplomática.

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O presidente francês Emmanuel Macron faz este domingo uma visita de Estado à Alemanha - a primeira viagem do género de um Presidente francês em 24 anos.

Embora Macron se desloque regularmente a Berlim para se encontrar com o chanceler Olaf Scholz, uma visita de Estado só pode ser a convite do presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier.

O objetivo da visita é assinalar "a permanência e a profundidade dos laços franco-alemães".

A investigadora do Comité para as Relações Franco-Alemãs (Cerfa), Jeanette Süẞ, afirma que o mais importante é "encontrar pontos de convergência entre a França e a Alemanha em temas do futuro, como a tecnologia, a inovação e a inteligência artificial".

Süẞ sublinhou que a visita mostra que foram feitos esforços "de ambos os lados para revitalizar as relações franco-alemãs, que nem sempre estiveram no seu melhor", e que a energia nuclear "continua a ser uma questão espinhosa entre os dois países".

A Alemanha vai encerrar a sua última central nuclear em 2023, em contraste com a França, que depende da energia nuclear para satisfazer 70% das suas necessidades energéticas.

"Em Berlim, haverá também um aspeto importante sobre a democracia e isso também significa combater a extrema-direita que está atualmente a crescer nestas próximas eleições da UE", acrescentou Süẞ.

O Presidente francês visitará as cidades de Berlim, Dresden e Münster. Os dois presidentes celebrarão os 75 anos da Constituição alemã e visitarão o Memorial do Holocausto.

A visita de Estado será seguida de um conselho de ministros franco-alemão, juntamente com o chanceler Scholz, na terça-feira à noite.

Macron tinha planeado visitar a Alemanha em julho do ano passado, mas teve de cancelar a visita à última hora devido aos motins em França.

A visita de Estado que começa no domingo é vista como um esforço positivo por alguns berlinenses.

O pintor e escritor alemão Wolfram Wickert disse ser a favor de Macron e gostar das suas políticas, mas "a única coisa que não quero é que ele defenda o espaço aéreo na Ucrânia ou envie tropas terrestres".

Embora Macron não tenha excluído a possibilidade de enviar tropas terrestres para a Ucrânia, Scholz deixou bem claro que o envio de forças europeias ou da NATO para a Ucrânia seria o atravessar de uma linha vermelha para a Alemanha.

A visita de Macron surge também num momento de tensão para os países europeus, com as sondagens a sugerirem que os partidos eurocéticos poderão ganhar maiorias nas próximas eleições europeias. França e Alemanha estarão concentrados em mostrar uma força europeia unificada.

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