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Depois de Espanha, Irlanda e Noruega também reconhecem formalmente Estado da Palestina

O primeiro-ministro palestiniano, Mohamed Mustafá, com o ministro dos Negócios Estrangeiros norueguês, Espen Barth Eide
O primeiro-ministro palestiniano, Mohamed Mustafá, com o ministro dos Negócios Estrangeiros norueguês, Espen Barth Eide Direitos de autor AP Photo
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De  Euronews com AP
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Primeiro-ministro irlandês, Simon Harris, diz que decisão "envia sinal ao mundo". Ministro dos Negócios Estrangeiros norueguês destaca "dia memorável" na relação com a Palestina.

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A Irlanda e a Noruega já formalizaram o reconhecimento do Estado da Palestina, depois de Espanha ter dado esse passo esta manhã de terça-feira. A decisão conjunta dos três países foi anunciada na semana passada.

Em Dublin, a bandeira palestiniana foi hasteada no exterior da Leinster House, onde funciona o parlamento irlandês.

"Este é um momento importante e acho que envia um sinal ao mundo de que há ações práticas que podem ser tomadas para ajudar a manter viva a esperança e o destino de uma solução de dois estados, num momento em que outros estão a tentar, infelizmente, bombardeá-la até ao esquecimento", afirmou o primeiro-ministro irlandês, Simon Harris, antes de se reunir com o seu executivo para assinar formalmente a decisão.

O ministro dos Negócios Estrangeiros norueguês, Espen Barth Eide, lembrou, em comunicado citado pela AP, que a Noruega é "há mais de 30 anos, um dos mais fortes defensores de um Estado Palestiniano". "Hoje, quando a Noruega reconhece oficialmente a Palestina como um Estado, é um dia memorável na relação entre a Noruega e a Palestina", lê-se na mesma nota.

O Rei Harald V, chefe de Estado da Noruega, assinou a resolução, que foi entregue formalmente no domingo em Bruxelas ao primeiro-ministro palestiniano, Mohamed Mustafá. A resolução entrou esta terça-feira em vigor.

"Foi importante poder entregar uma carta formal, em mão, ao primeiro-ministro Mohamed Mustafa. Valoriza muito o compromisso da Noruega com a Palestina e o nosso trabalho por uma solução com dois Estados. O reconhecimento é uma clara expressão de apoio às forças moderadas nos dois países", acrescenta Espen Barth Eide.

O ministro norueguês disse, no mesmo texto, estar confiante em que a Autoridade Nacional Palestiniana continuará com a tarefa complicada de fazer reformas para governar "tanto na Cisjordânia como em Gaza depois de um cessar-fogo".

"É lamentável que o Governo israelita não mostre sinais de compromisso de forma construtiva. A comunidade internacional deve aumentar o apoio económico e político à Palestina e continuar a trabalhar por uma solução com dois Estados", sublinhou o governante norueguês.

Apesar de mais de 140 países reconhecerem atualmente o Estado da Palestina, nenhuma das grandes potências ocidentais o fez. Ainda assim, a adesão de três países europeus ao grupo representa uma vitória para os esforços palestinianos junto da comunidade internacional.

As relações entre a União Europeia e Israel encresparam com os reconhecimentos diplomáticos de dois Estados-Membros (Irlanda e Espanha) e Madrid insistiu na segunda-feira que o bloco comunitário deveria tomar medidas contra Israel pelos contínuos ataques na cidade de Rafah, no sul de Gaza.

Depois da reunião de segunda-feira dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, o ministro irlandês dos Negócios Estrangeiros, Micheál Martin, revelou que "pela primeira vez numa reunião da UE, de uma forma real," assistiu "a uma discussão significativa sobre sanções" para Israel.

Simon Harris, o líder irlandês, também insistiu na terça-feira que a UE deveria ponderar avançar com sanções económicas para Israel, argumentando que "a Europa poderia estar a fazer muito mais".

Israel criticou Espanha, Irlanda e Noruega, argumentando que estes países enviam a mensagem aos palestinianos de que "o terrorismo compensa", numa referência ao Hamas.

O ministro israelita dos Negócios Estrangeiros, Israel Katz, acusou mesmo o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, de ser "cúmplice do genocídio judeu" por reconhecer o Estado palestiniano numa publicação na rede social X esta terça-feira.

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