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Tanques israelitas avançam pelo centro de Rafah pela primeira vez

Destruição em campo de refugiados perto de Rafah após bombardeamentos israelitas
Destruição em campo de refugiados perto de Rafah após bombardeamentos israelitas Direitos de autor Jehad Alshrafi/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.
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Tanques e veículos blindados israelitas equipados com metralhadoras foram vistos perto da mesquita Al-Awda,no centro de Rafah. Israel diz que incêndio que matou pelo menos 45 pessoas em campo de refugiados de Rafah foi provocado por explosão secundária.

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Após três semanas de operações terrestres em áreas próximas de Rafah, tanques e veículos blindados israelitas com metralhadoras foram vistos pela primeira vez no centro da cidade esta terça-feira.

Segundo relatos de testemunhas à agência Reuters, foi detetada a presença de tropas de Israel perto da mesquita Al-Awda, um ponto de referência do centro de Rafah.

Os militares israelitas afirmam que as suas forças continuam a operar na zona oriental de Rafah, sem, contudo, darem qualquer informação sobre os avanços na área central da cidade.

Os residentes relataram fortes bombardeamentos durante a noite no bairro ocidental de Tel al-Sultan e, segundo a Defesa Civil palestiniana e o Crescente Vermelho palestiniano, os novos ataques mataram pelo menos 16 pessoas.

Mais de 36 mil palestinianos foram mortos e mais de 81 mil ficaram feridos na ofensiva militar israelita em Gaza desde 7 de outubro, informou o Ministério da Saúde de Gaza em comunicado esta terça-feira.

"Explosão secundária"

O exército israelita afirma que utilizou munições de pequeno calibre no ataque aéreo a Rafah e que o incêndio foi causado por uma explosão secundária.

De acordo com o exército de Israel, os militares dispararam duas munições de 17 quilos que tinham como alvo dois militantes do Hamas. O contra-almirante Daniel Hagari refere que as munições seriam demasiado pequenas para provocar um incêndio por si só e os militares estão a analisar a possibilidade de terem sido armazenadas armas na zona.

As autoridades palestinianas avançam que pelo menos 45 pessoas, cerca de metade das quais mulheres e crianças, foram mortas no ataque de domingo. O fogo também pode ter sido provocado por combustível, botijas de gás de cozinha ou outros materiais no campo densamente povoado que alberga pessoas deslocadas.

UNRWA: um milhão em fuga de Rafah

Um milhão de pessoas fugiram de Rafah em três semanas, afirma a Agência de Apoio aos Refugiados palestinianos (UNRWA).

Segundo a UNRWA, a fuga de Rafah aconteceu sem que os civis tivessem para onde ir e "no meio de bombardeamentos, falta de alimentos e de água, pilhas de lixo e condições de vida inadequadas”, sendo que a assistência e a proteção se tornaram agora quase “impossíveis”.

Desde o início de maio, as forças armadas israelitas têm levado a cabo o que dizem ser uma operação limitada em Rafah para matar combatentes e desmantelar infraestruturas utilizadas pelo Hamas.

O governo israelita disse aos civis que se dirigissem para uma “zona humanitária alargada” a cerca de 20 quilómetros de distância.

Operação em Jabaliya

Nas imagens divulgadas pelo exército israelita, atiradores de elite sentam-se nos escombros do campo de refugiados de Jabaliya no norte de Gaza, prontos a disparar, com tanques, veículos blindados e bulldozers a limparem as infraestruturas destruídas.

Israel diz que as tropas na zona de Jabaliya desmantelaram “poços em túneis, postos de observação, uma instalação de armazenamento de armas e uma estrutura militar utilizada pelo Hamas”.

Milhares de pessoas refugiaram-se no campo de Jabaliya depois de o exército israelita ter dado ordens de evacuação em Rafah e iniciado um ataque terrestre no início deste mês.

O exército israelita afirmou na terça-feira que as suas tropas continuavam a operar no norte da Faixa de Gaza.

As forças armadas afirmaram ainda que as tropas efetuaram “ataques selectivos” contra alvos militantes no centro da Faixa de Gaza e na zona de Rafah.

As pessoas deslocadas pelos combates carecem de abrigo, alimentos, água e outros bens essenciais à sobrevivência, segundo a ONU.

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Israel diz que precisa de invadir Rafah para destruir o último reduto dos militantes do Hamas.

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