A confirmação destes planos seria um novo sinal do compromisso crescente de França para com a Ucrânia.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy visita Paris esta sexta-feira pela quarta vez desde a invasão em grande escala da Rússia, em fevereiro de 2022.
Depois de uma cerimónia de boas-vindas com honras militares, Zelenskyy fará um discurso na Assembleia Nacional, a câmara baixa do parlamento francês, seguido de uma reunião com uma empresa de defesa franco-alemã que fabrica armas de artilharia usadas na Ucrânia.
No final da tarde, dois acordos serão assinados entre os dois chefes de Estado envolvendo 650 milhões de euros em empréstimos e subsídios à Ucrânia para apoiar Kiev em setores como energia e transportes que foram alvo de ataques russos.
Mas a grande questão hoje é: será que Emmanuel Macron vai anunciar o envio de instrutores franceses para treinar as tropas ucranianas?
Se o anúncio vier a confirmar-se, então o compromisso de França com Kiev enviará uma mensagem nova e mais forte a Moscovo.
O Kremlin já disse que Moscovo não se absterá de atacar alvos militares, mesmo que haja pessoal estrangeiro presente.
Outra grande questão desta visita é que colide com o cronograma das eleições europeias. A votação em França será realizada no domingo.
Vários candidatos consideraram esta visita de Estado uma tática de Macron para obter votos para o Renaissance, cuja lista ao Parlamento Europeu, encabeçada por Valerie Hayer, está a mais de 15 pontos atrás da extrema-direita francesa, segundo as sondagens.