Grupo de países conhecido como "Nove de Bucareste" reúne-se em Riga antes da cimeira da NATO em Washington, marcada para o próximo mês.
Combater as ameaças da Rússia à NATO está no topo da agenda da reunião dos "Nove de Bucareste", o nome por que também é conhecido o grupo de países do flanco leste da NATO. Este grupo reuniu-se em Riga, na Letónia, antes da crucial cimeira da NATO de julho em Washington.
A cimeira contou com líderes da Bulgária, Chéquia, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Polónia, Roménia e Eslováquia - mais os recém-chegados à NATO Suécia e Finlândia, bem como o secretário-geral Jens Stoltenberg.
O líder da Aliança Atlântica deixa o cargo em outubro. Nos últimos meses, tem vindo a aumentar os apelos para apoiar a Ucrânia. Esta quarta-feira, estará na Hungria para se encontrar com o primeiro-ministro Viktor Orbán, que até agora tem negado qualquer ajuda militar à Ucrânia.
Disse Andrzej Duda, presidente da Polónia, lembrou na reunião que o país tem sido vítima da migração usada como arma pela Rússia e Bielorrússia: "A guerra de agressão ilegal em curso contra a Ucrânia recorda-nos diariamente que a Rússia está disposta a utilizar todas as forças e meios disponíveis, incluindo os militares, para atingir os seus objetivos quase imperiais. Enquanto nos reunimos aqui em Riga, a fronteira polaca com a Bielorrússia assiste, mais uma vez, à utilização da migração como arma, com o recurso à pressão da migração ilegal introduzida artificialmente pelo Kremlin como parte da operação híbrida. Estamos cientes de que os mesmos instrumentos estão a ser utilizados neste momento contra outros Estados da nossa região".
A possível futura adesão da Ucrânia à NATO é outra questão em cima da mesa. No entanto, a Letónia, anfitriã desta reunião, disse que excluía a possibilidade de o convite ser feito já em julho.