EventsEventosPodcasts
Loader
Encontra-nos
PUBLICIDADE

Ucrânia alerta para reforços russos. NATO atenua linhas vermelhas sobre uso de armas ocidentais

Um militar ucraniano transporta um lançador de mísseis de defesa aérea Stinger dos EUA numa trincheira na linha da frente na região de Zaporizhzhia, Ucrânia.
Um militar ucraniano transporta um lançador de mísseis de defesa aérea Stinger dos EUA numa trincheira na linha da frente na região de Zaporizhzhia, Ucrânia. Direitos de autor Andriy Andriyenko/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.
Direitos de autor Andriy Andriyenko/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.
De  Euronews com AP
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied
Artigo publicado originalmente em inglês

Chefe do exército ucraniano avisa que Rússia está a deslocar tropas de outras partes da Ucrânia para a região de Kharkiv para complementar as forças nos dois principais focos de luta - as cidades de Vovchansk e Lyptsi.

PUBLICIDADE

O chefe do exército ucraniano avisou que a Rússia está a aumentar a concentração de tropas na região de Kharkiv, onde as forças de Moscovo fizeram avanços significativos numa ofensiva de primavera.

Oleksandr Syrskyi disse na sua página do Facebook, na quinta-feira, que a Rússia está a trazer unidades do exército de outras partes da Ucrânia para a região de Kharkiv para complementar as forças nos dois principais focos de combate, as cidades de Vovchansk e Lyptsi.

Syrskyi disse que a Ucrânia também deslocou tropas de reserva para a região.

Um longo atraso na ajuda militar dos EUA e a produção militar inadequada da Europa Ocidental atrasaram as entregas cruciais para o campo de batalha da Ucrânia, e a Rússia explorou os atrasos para fazer avanços na região de Kharkiv.

Os mísseis e bombas russos também foram direcionados a posições militares ucranianas e zonas civis, incluindo a rede elétrica civil.

Blinken condena esforços de desinformação russos

O Secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, criticou na quinta-feira as tentativas russas de semear a discórdia nas democracias através da desinformação, depois de ter dado a entender que a administração Biden poderá em breve autorizar a Ucrânia a utilizar munições fornecidas pelos EUA para atacar dentro da Rússia.

Em Praga, para uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO, Blinken atacou o uso de desinformação por parte de Moscovo, chamando-lhe "veneno" e assinando um acordo com o governo checo para combater o fenómeno.

Blinken visitou ainda uma base militar checa, onde viu veículos blindados que Praga está a enviar para Kiev para ajudar a combater a invasão russa e recebeu informações sobre uma iniciativa checa para fornecer à Ucrânia um milhão de munições até ao final do ano.

Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, discursa num evento sobre as capacidades de defesa da Chéquia, em Praga.
Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, discursa num evento sobre as capacidades de defesa da Chéquia, em Praga.Petr David Josek/Copyright 2024 The AP. All rights reserved

"Sabemos que uma das principais frentes da competição que temos, da relação adversa que temos, nomeadamente com a Rússia, é a frente da informação", afirmou Blinken.

Blinken fez as suas observações numa cerimónia com o ministro dos Negócios Estrangeiros checo, Jan Lipavsky, que referiu que as autoridades checas expuseram recentemente uma importante campanha de desinformação apoiada pela Rússia.

"Estamos perante um confronto entre democracias e autocracias", afirmou Lipavsky. "O Kremlin começou a visar as democracias de todo o mundo através da guerra cibernética, da propaganda e de operações de influência e este perigo já não pode ser subestimado."

Mais líderes da NATO autorizam ataques ucranianos contra a Rússia

Vários governos da NATO estão a defender publicamente que a Ucrânia deve ser autorizada a atacar o território russo com armas fornecidas pelos aliados ocidentais, marcando o que poderá ser uma grande mudança na política do bloco em relação ao conflito.

O ministro dos Negócios Estrangeiros norueguês, Espen Barth Eide, disse à emissora norueguesa NRK que o seu país acredita que a Ucrânia "tem o direito cristalino, ao abrigo do direito internacional, de atacar a Rússia dentro da Rússia como parte da defesa do seu território".

O homólogo dinamarquês de Eide, Lars Lokke Rasmussen, disse aos jornalistas em Bruxelas, na quinta-feira, que o seu país também aceitaria a utilização de armas ocidentais contra alvos russos "dentro das regras da guerra".

No início desta semana, o presidente francês Emmanuel Macron e o chefe da NATO, Jens Stoltenberg, afirmaram que os países ocidentais não devem opor-se se a Ucrânia precisar de atacar dentro da Rússia para se defender.

PUBLICIDADE

A França deverá também anunciar o envio de instrutores militares para os centros de formação ucranianos.

Na quarta-feira, na Moldova, Blinken disse que a política dos EUA sobre a forma como a Ucrânia utiliza as armas americanas está em constante evolução, sugerindo que Washington pode revogar uma proibição não escrita da utilização dessas armas pela Ucrânia para ataques em território russo.

Embora as autoridades americanas insistam que não existe uma proibição formal, há muito que deixaram claro que acreditam que a utilização de armas americanas para atacar alvos dentro da Rússia poderia provocar uma escalada de Moscovo, algo que o presidente russo Vladimir Putin prometeu.

Esta posição parece estar a ser reconsiderada.

PUBLICIDADE

Segundo alguns relatos, os EUA estão prestes a assinar um novo acordo bilateral de segurança com a Ucrânia, numa tentativa de melhorar as suas relações, que sofreram nos últimos meses com a efetiva paralisação da ajuda americana.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Pelo menos cinco mortos após bombardeamentos russos nas regiões de Donetsk e Kherson

Stoltenberg pede a membros da NATO que reconsiderem limites no envio de armas para a Ucrânia

"Já foi longe demais". Países da UE mostram-se descontentes com vetos da Hungria à ajuda à Ucrânia