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Venezuela elege presidente: Conseguirá Maduro a reeleição?

Nicolás Maduro governa a Venezuela desde 2013
Nicolás Maduro governa a Venezuela desde 2013 Direitos de autor Fernando Vergara/AP
Direitos de autor Fernando Vergara/AP
De  Jesús Maturana
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Depois da desqualificação de María Corina Machado, a oposição reuniu-se em torno de um candidato único, o ex-diplomata Edmundo González. Os observadores da UE foram impedidos de entrar no país.

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Os venezuelanos vão às urnas para escolher entre o atual presidente Nicolás Maduro e o seu principal opositor, o diplomata reformado Edmundo González, em eleições que poderão marcar um ponto de viragem para a nação sul-americana.

O dia das eleições, que coincide com o que teria sido o 70º aniversário do falecido Presidente Hugo Chávez, tem lugar num contexto de profunda crise económica e social. A Venezuela viveu o mais grave colapso económico do mundo em tempo de paz, provocando um êxodo em massa de 7,7 milhões de venezuelanos em busca de oportunidades no estrangeiro.

O descontentamento generalizado com as políticas de Maduro e do seu Partido Socialista Unido da Venezuela levou a oposição a unir-se em torno de um único candidato, após anos de divisões internas e boicotes eleitorais. González representa uma coligação de partidos da oposição, assumindo o papel de candidato após a desqualificação de María Corina Machado, que venceu as primárias da oposição em outubro.

Como tem sido a campanha eleitoral

A campanha eleitoral tem sido marcada por promessas de mudança e de continuidade. Enquanto Maduro percorreu o país inaugurando obras e destacando a recente estabilidade económica, a oposição centrou a sua mensagem na necessidade de criar empregos e condições que permitam o regresso dos emigrantes venezuelanos.

O impacto destas eleições estende-se para além das fronteiras da Venezuela, com potenciais repercussões em todo o continente americano. A situação económica do país, apesar de possuir as maiores reservas comprovadas de petróleo do mundo, continua crítica. A inflação galopante e a escassez generalizada levaram muitos venezuelanos a considerar a possibilidade de emigrar, caso Maduro seja reeleito.

A comunidade internacional está a acompanhar de perto estas eleições, especialmente depois de as eleições de 2018 terem sido consideradas ilegítimas por muitos países. As sanções internacionais impostas para pressionar o governo de Maduro aprofundaram a crise, embora tenha havido sinais recentes de uma recuperação económica incipiente na capital, Caracas.

O governo de Maduro revogou a autorização de visita dos observadores da UE. Uma delegação do Partido Popular Europeu, que incluía o eurodeputado português Sebastião Bugalho, teve de voltar para casa depois de ter sido impedida de entrar na Venezuela.

O grande desafio para quem ganhar as eleições

O desafio para o próximo governo, seja qual for o resultado, será enorme. Com uma economia devastada, uma população dividida e milhões de venezuelanos no estrangeiro, o novo presidente terá de resolver problemas estruturais profundos para reverter anos de declínio.

Enquanto os venezuelanos vão às urnas, a esperança de mudança e a preocupação com o futuro imediato misturam-se numa atmosfera de incerteza. Estas eleições não só determinarão o rumo político da Venezuela para os próximos seis anos, como também poderão influenciar decisivamente o futuro económico e social de toda a região.

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