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Líderes mundiais saúdam a histórica troca de prisioneiros entre a Rússia e o Ocidente

Troca histórica de prisioneiros entre a Rússia e o Ocidente
Troca histórica de prisioneiros entre a Rússia e o Ocidente Direitos de autor  Alex Brandon/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.
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De Euronews
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Numa importante troca de prisioneiros entre a Rússia e o Ocidente, os líderes mundiais expressaram alívio e preocupação, dando a entender a complexa diplomacia e as tensões envolvidas na troca.

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A recente troca de prisioneiros entre a Rússia e o Ocidente - a maior dos EUA e da Rússia na era pós-soviética, com a transferência de 24 pessoas - suscitou reações generalizadas dos líderes mundiais, que expressaram alívio, otimismo cauteloso e, em alguns casos, tensão.

No âmbito do acordo, foram libertados 24 prisioneiros detidos em sete países - 16 de países ocidentais e oito da Rússia.

O Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, expressou o seu "alívio" pela permuta, que foi facilitada pela Turquia, sublinhando a importância da liberdade jornalística e dos direitos humanos.

"Proeza da diplomacia"

A NATO, que desempenhou um papel crucial nas negociações, também se congratulou com a libertação dos prisioneiros.

O porta-voz da Aliança, Farah Dakhlallah, sublinhou a colaboração entre os membros da Aliança, declarando: "Congratulamo-nos com a libertação, hoje, de vários prisioneiros políticos da Rússia. O acordo que garantiu a sua liberdade foi negociado por vários aliados da NATO que trabalharam em conjunto".

Esta cooperação entre os membros da NATO sublinhou o empenho da aliança na proteção dos direitos dos dissidentes políticos e na promoção da liberdade de expressão.

O presidente dos EUA, Joe Biden, saudou a troca como "um feito de diplomacia e amizade", e elogiou os aliados de Washington pelas suas "decisões ousadas e corajosas".

Biden reconheceu o papel fundamental desempenhado por outras nações na conclusão bem sucedida da troca, declarando: "Isto não teria sido possível sem os nossos aliados. Hoje é um exemplo da razão pela qual é vital ter amigos neste mundo".

Traidores e inimigos

Do lado do Kremlin, a reação foi diferente, refletindo a relação tensa entre a Rússia e o Ocidente.

O governo russo, através da agência noticiosa estatal TASS, descreveu os libertados como "inimigos", manifestando a esperança de que se mantenham afastados da Rússia.

O antigo presidente russo, Dmitry Medvedev, foi particularmente contundente, afirmando: "Que os traidores arranjem agora novos nomes e se disfarcem ativamente em programas de proteção de testemunhas".

A Alemanha, que se viu confrontada com um debate interno sobre a libertação de Vadim Krasikov, um agente russo condenado por um assassinato de alto nível em Berlim, descreveu a decisão como "não sendo fácil". E, expressou a obrigação de proteger os seus cidadãos e a solidariedade com os Estados Unidos como principais motivações.

Reino Unido dá as boas-vindas a opositor do regime de Putin

No Reino Unido, o ministro dos negócios estrangeiros, David Lammy, e o primeiro-ministro, Keir Starmer, manifestaram um forte apoio à libertação de cidadãos britânicos e de outros prisioneiros.

Lammy destacou, em concreto, a libertação de Vladimir Kara-Murza, um importante dissidente e crítico do Kremlin, que tinha estado preso em condições que muitos descreveram como sendo de risco de vida.

"O Sr. Kara-Murza é um opositor dedicado do regime de Putin", afirmou Lammy, acrescentando que este "nunca deveria ter estado na prisão". Starmer fez eco destas palavras, e sublinhou o empenhamento constante do Reino Unido na defesa da liberdade de expressão política e apelou à Rússia para que respeite estes direitos fundamentais.

Esta troca de prisioneiros, que constitui um marco histórico, embora traga um momento de alívio para muitos, também destaca as profundas e contínuas tensões geopolíticas entre a Rússia e o Ocidente.

Enquanto os líderes de todo o mundo continuam a reagir, as implicações mais amplas da troca nas relações internacionais e na defesa dos direitos humanos continuam a ser tema de análise.

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