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Maduro diz que a União Europeia é uma "vergonha"

O presidente Nicolas Maduro fala aos apoiantes durante uma manifestação governamental em Caracas, Venezuela, sábado, 3 de agosto de 2024.
O presidente Nicolas Maduro fala aos apoiantes durante uma manifestação governamental em Caracas, Venezuela, sábado, 3 de agosto de 2024. Direitos de autor  Matias Delacroix/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Matias Delacroix/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
De Christina Thykjaer & Euronews
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O líder do governo venezuelano atacou a União Europeia e o seu alto representante, afirmando que são "uma vergonha" por terem pedido a verificação dos resultados eleitorais.

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Enquanto prosseguem os protestos na Venezuela, a União Europeia e os líderes mundiais apelam a uma maior verificação dos registos eleitorais. Numa declaração publicada no domingo, a UE afirmou que os relatórios das missões internacionais de observação eleitoral mostram claramente que as eleições "não cumpriram as normas internacionais de integridade eleitoral".

"A União Europeia vem com a sua 'cantaleta', a mesma União Europeia que reconheceu (Juan) Guaidó, é uma vergonha a União Europeia, o Sr. Borrell é uma vergonha, é uma vergonha que conduziu a Ucrânia à guerra e agora lava as mãos", declarou Maduro.

Mais de 2.000 presos durante protestos da oposição contra os resultados do CNE

A tensão política na Venezuela atingiu um ponto crítico após as eleições de 28 de julho. O governo de Maduro ainda não apresentou resultados oficiais que confirmem a sua alegada vitória e milhares de venezuelanos denunciaram irregularidades no processo eleitoral.

Até ao momento, pelo menos 2.000 pessoas foram detidas no país por alegadamente terem incendiado assembleias de voto e sedes regionais do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), de acordo com o governo. Maduro disse que "desta vez não haverá perdão" e garantiu que será aplicada a "punição máxima" aos detidos.

Entretanto, o Procurador-Geral da Venezuela negou no domingo que tenham sido emitidos mandados de captura contra a líder da oposição Maria Corina Machado e o candidato presidencial da principal coligação anti-Chávez, Edmundo Gonzalez.

Maduro também criticou a ausência de González na audiência da Câmara Eleitoral do Supremo Tribunal de Justiça (TSJ), para a qual foram convocados todos os candidatos às eleições de 28 de julho. A chefe de Estado questionou as intenções da oposição, acusando González de se estar a "esconder".

Cristina Kirchner provoca a fúria do chavismo

Até a ex-presidente argentina Cristina Kirchner pediu no sábado a publicação dos registos eleitorais "pelo próprio legado de Hugo Chávez". "Peço, não só para o povo venezuelano, para a oposição, para a democracia, (mas) para o próprio legado de Hugo Chávez, que publiquem as actas", disse.

No entanto, as suas palavras provocaram a fúria do executivo venezuelano. O vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), no poder, acusou-a indiretamente de "trair o legado de Kirchner, Perón e do povo".

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