NewsletterBoletim informativoEventsEventosPodcasts
Loader
Encontra-nos
PUBLICIDADE

Primeiro-ministro romeno pediu pasta económica na Comissão Europeia

O primeiro-ministro romeno, Marcel Ciolacu, numa cerimónia no palácio presidencial Cotroceni, em Bucareste
O primeiro-ministro romeno, Marcel Ciolacu, numa cerimónia no palácio presidencial Cotroceni, em Bucareste Direitos de autor Vadim Ghirda/Copyright 2023 The AP. All rights reserved.
Direitos de autor Vadim Ghirda/Copyright 2023 The AP. All rights reserved.
De  Isabel Marques da Silva
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

O primeiro-ministro romeno, Marcel Ciolacu, reuniu-se na quinta-feira com o presidente da Comissão Europeia, em Bruxelas, para discutir o candidato e a pasta do país no novo executivo a liderar por Ursula von der Leyen.

PUBLICIDADE

Tal como fizeram outros líderes de Estados-membros, nomeadamente a Itália e a Chéquia, Marcel Ciolacu declarou que o seu comissário deveria ter uma pasta ligada às políticas económicas, em declarações à imprensa, após a reunião com a líder do executivo da UE.

"Quero uma pasta o mais relevante possível, dado que somos o sexto maior país da União Europeia. O Presidente (da Roménia) também falou sobre o alargamento, mas é uma pasta mais política. Gostaria... porque acredito que os próximos anos têm muito a ver com a economia... gostaria de ter algo nessa área", explicou o governante.

O escolhido de Ciolacu para o cargo de comissário é um dos vice-presidentes do Parlamento Europeu, o socialista Victor Negrescu. Em entrevista à Euronews, o eurodeputado romeno também deu argumentos para ter uma pasta económica.

"A Roménia é um país grande e tem tido, nos últimos anos, um dos maiores crescimentos económicos da Europa. Temos alguns setores económicos que se desenvolveram muito nos últimos anos: digital, energético ou até mesmo da produção industrial. Por conseguinte, a Roménia, enquanto país pró-europeu com um governo pró-europeu, pode contribuir para as políticas da Comissão nesse domínio", disse.

Depois de duas mulheres, um jovem?

O governo de Bucareste não apresentou também um nome feminino, como solicitado por von der Leyen a todos os Estados-membros.

Sou jovem e penso que também precisamos de jovens na Comissão porque queremos apelar aos jovens cidadãos de toda a Europa que participaram em grande força nas eleições europeias.
Victor Negrescu
Eurodeputado, centro-esquerda, Roménia

Negrescu argumentou que os dois últimos membros do executivo europeu enviados pela Roménia foram mulheres (Adina-Ioana Vălean, para os Transportes, e Corina Crețu, para a Coesão), e preferiu enfatizar o aspeto da juventude, uma vez que tem 39 anos.

"Penso que o que é importante para a Comissão é ter alguém que esteja envolvido a nível europeu, que tenha a experiência necessária para fazer parte da Comissão Europeia. Além disso sou jovem e penso que também precisamos de jovens na Comissão porque queremos apelar aos jovens cidadãos de toda a Europa que participaram em grande força nas eleições europeias", referiu.

O primeiro-ministro da Roménia só fará o anúncio oficial no dia 26 de agosto, após um debate final com os outros dois partidos da coligação governamental, que também sugeriram candidatos.

Victor Negrescu está no Parlamento Europeu há cerca de uma década, período apenas brevemente interrompido para ser ministro dos Assuntos Europeus (2017-2018), no qual ajudou a preparar a presidência rotativa do Conselho da UE a cargo do seu país.

Enquanto eurodeputado, desempenhou funções nas comissões parlamentares da Cultura, Educação, Indústria, Assuntos Constitucionais e Orçamento da UE.

Todos os candidatos que a presidente da Comissão Europeia escolher terão de passar em audições no Parlamento Europeu. Negrescu está muito otimista sobre esse fase, caso seja o escolhido, porque o Parlamento conhece bem o seu currículo e desempenho político.

"Acabo de ser eleito vice-presidente do Parlamento Europeu com um grande número de votos. Quando se participa neste tipo de eleições internas, é-se fiscalizado, depois tem de se preencher muitos formulários e, claro, mostrar muita transparência. Mas estou pronto a fornecer todas as informações adicionais solicitadas pelos meus colegas, porque acredito que o Parlamento Europeu tem de estar envolvido nas nomeações e nas eleições dos membros da Comissão", afirmou.

Os equilíbrios nas pastas

A presidente Ursula von der Leyen espera receber os nomes de todos os candidatos até ao final de agosto. Até agora, 21 dos 27 Estados-membros já fizeram essa nomeação, com os nomes indicados a serem sobretudo do género masculino.

PUBLICIDADE

A distribuição das pastas cabe à presidente, que tem de encontrar equilíbrios entre as características dos Estados-membros (tamanho da população, localização geográfica, peso económico) e as qualificações dos candidatos.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Quem fará parte da próxima Comissão Europeia?

Ursula von der Leyen foi reeleita Presidente da Comissão Europeia

Bulgária e Roménia "juntam-se à família Schengen" a partir deste domingo - mas só de forma parcial