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França prestes a nomear um novo governo após meses de impasse

Emmanuel Macron, à esquerda, aperta a mão ao então negociador-chefe da União Europeia para o Brexit, Michel Barnier, no Palácio do Eliseu, em Paris, na sexta-feira, 31 de janeiro de 2020.
Emmanuel Macron, à esquerda, aperta a mão ao então negociador-chefe da União Europeia para o Brexit, Michel Barnier, no Palácio do Eliseu, em Paris, na sexta-feira, 31 de janeiro de 2020. Direitos de autor Ludovic Marin/Copyright 2019 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Ludovic Marin/Copyright 2019 The AP. All rights reserved
De  Euronews
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Artigo publicado originalmente em inglês

A equipa governamental de Michel Barnier tem de ser aprovada pelo Presidente Emmanuel Macron antes de se tornar oficial.

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A França está prestes a anunciar um novo governo, dois meses e meio depois de um resultado fragmentado das eleições legislativas antecipadas ter colocado o Parlamento num impasse político.

O primeiro-ministro Michel Barnier dirigiu-se ao Palácio do Eliseu na quinta-feira à noite para apresentar o seu governo ao Presidente Emmanuel Macron, depois de semanas de impasse.

O gabinete do primeiro-ministro confirmou que foi alcançado um acordo governamental.

Barnier foi uma escolha controversa para primeiro-ministro, com Macron a suscitar a ira de todo o espetro político quando nomeou o antigo negociador do Brexit para o segundo cargo mais alto do país.

Com o parlamento atualmente dividido de forma bastante equilibrada entre deputados de esquerda, centristas e de extrema-direita, não era claro onde Barnier, ele próprio um conservador, conseguiria o seu apoio e quem estaria disposto a fazer concessões para o apoiar, especialmente tendo em conta as difíceis escolhas políticas que o novo governo terá inevitavelmente de fazer.

Macron tem agora de aprovar o Governo antes de este se tornar oficial.

A imprensa francesa noticia que o senador Bruno Retailleau foi nomeado ministro do Interior, enquanto Jean-Noel Barrot será promovido de secretário de Estado dos Assuntos Europeus a ministro dos Negócios Estrangeiros.

O ministro da Defesa, Sébastien Lecornu, manter-se-á no cargo, com Antoine Armand a ir para o Ministério das Finanças.

Mas, independentemente de quem acabar por sair, a base do Governo será precária e terá de começar a trabalhar desde o primeiro dia: Barnier já deu a entender que estaria disposto a aumentar os impostos para resolver o problema das finanças francesas, que, segundo afirmou no início da semana, se encontram numa situação "muito grave".

Um tal aumento de impostos seria provavelmente impopular entre os macronistas centristas e os que se encontram mais à direita, que poderiam unir forças para fazer aprovar uma moção de censura a Barnier, se este não tiver cuidado.

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