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Governo israelita aprova cessar-fogo no Líbano. Trégua começa esta quarta-feira às 4h locais

Fumo levanta-se após um ataque aéreo israelita a Dahiyeh, em Beirute, Líbano, terça-feira, 26 de novembro de 2024.
Fumo levanta-se após um ataque aéreo israelita a Dahiyeh, em Beirute, Líbano, terça-feira, 26 de novembro de 2024. Direitos de autor  AP Photo
Direitos de autor AP Photo
De João Azevedo
Publicado a Últimas notícias
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Nos próximos 60 dias, adiantou Biden, Israel irá retirar gradualmente as suas forças do sul do Líbano. Ainda assim, sublinha o chefe da Casa Branca, Israel tem direito à autodefesa se o Hezbollah violar o acordo.

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O acordo de cessar-fogo entre Israel o grupo xiita Hezbollah, sediado no Líbano, entra em vigor esta quarta-feira às 4 horas locais (2 horas em Lisboa).

A trégua, já aprovada pelo governo israelita, vai durar 60 dias, confirmou o presidente dos Estados Unidos, país que mediou as conversações. Biden sublinha que o acordo foi desenhado para ser permanente.

Num discurso a partir da Casa Branca, em Washington D.C., Biden afirmou que os governos de Israel e do Líbano aceitaram a proposta dos Estados Unidos para pôr fim a um conflito “devastador". Nos próximos dois meses, adiantou, Israel irá retirar gradualmente as suas forças do sul do Líbano.

O presidente norte-americano acrescentou que os civis de ambos os lados poderão em breve regressar em segurança às suas comunidades e começar a reconstruir as suas vidas. Ainda assim, avisa Biden, se o Hezbollah violar o acordo, Israel tem o direito à autodefesa, em conformidade com o direito internacional.

Horas antes, Netanyahu já tinha anunciado o acordo de cessar-fogo, que abre espaço para pôr termo a quase 14 meses de combates iniciados após a resposta israelita ao ataque do Hamas, no dia 7 de outubro de 2023.

"Já não é o mesmo Hezbollah"

Numa comunicação ao país, Benjamin Netanyahu começou por se dirigir aos residentes do norte de Israel, dizendo-se orgulhoso da sua perseverança e resistência. O primeiro-ministro israelita deixa claro que a guerra não terminará enquanto os habitantes do norte de Israel não puderem regressar a casa em segurança.

Benjamin Netanyahu afirma que o Hezbollah sofreu um forte revés na sequência da campanha militar israelita.

“Já não é o mesmo Hezbollah”, afirmou o primeiro-ministro de Israel, acrescentando que Israel fez o grupo recuar “décadas”.

O líder israelita lembrou que Hassan Nasrallah, que qualificou como “a cabeça da serpente”, foi morto, assim como “todos os líderes” do Hezbollah.

"Destruímos a maior parte dos rockets e mísseis. Matámos milhares de terroristas e destruímos as infraestruturas subterrâneas perto das nossas fronteiras.", adiantou Netanyahu.

Reação "enérgica" a qualquer ataque

Bejamin Netanyahu afirma que se o Hezbollah violar o acordo de cessar-fogo, rearmando-se e atacando, Israel reagirá de forma “enérgica”.

“Vamos fazer cumprir o acordo e responder com força a qualquer violação. Continuaremos unidos até à vitória”, declarou.

Com o acordo, nota Netanyahu, Israel pode concentrar-se na “ameaça iraniana”.

O fim das hostilidades também permite a Israel “atualizar” e “rearmar” as suas tropas, sublinha Netanyahu, mencionando que as forças israelitas terão em breve à disposição mais armamento.

"Em breve, vamos ter armas sofisticadas que nos ajudarão a proteger as nossas tropas e nos darão ainda mais força para cumprir as nossas missões".

Outro dos objetivos do acordo de cessar-fogo, refere Netanyahu, é isolar o Hamas.

“O Hamas estava a contar com o Hezbollah a lutar em conjunto e, uma vez eliminado o Hezbollah, o Hamas fica sozinho”, frisa.

"A nossa pressão sobre o Hamas será cada vez mais forte e isso vai ajudar-nos a recuperar os nossos reféns".

Líbano exige aplicação “imediata” do cessar-fogo

Do lado libanês, já há reação ao anúncio de Benjamin Netanyahu.

O primeiro-ministro interino, Najib Mikati, afirma que a comunidade internacional deve “atuar rapidamente” para travar a ofensiva israelita “e aplicar um cessar-fogo imediato”.

Mikati acrescenta que o povo de Beirute “suportou muito hoje, como sempre suportou o maior fardo para todo o Líbano”.

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