Aviso foi deixado pelo ministro da Defesa israelita. Acordo de cessar-fogo, mediado pelos EUA e França, entrou em vigor na semana passada mas os repetidos ataques ameaçam a sua continuação.
O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, avisou na terça-feira que, se o cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah não for respeitado, Israel expandirá os seus ataques para além das áreas onde se concentram as atividades do Hezbollah, visando o próprio Estado libanês.
Katz falou um dia depois de Israel ter realizado uma onda de ataques aéreos no sul do Líbano que matou quase uma dúzia de pessoas.
Os ataques aconteceram em resposta ao disparo de vários projéteis realizados pelo Hezbollah, que afirma que israel impõe constantes violações no cessar-fogo em curso.
“A nossa política, juntamente com as FDI, é clara e inequívoca. Trabalharemos com todas as nossas forças para fazer cumprir todos os acordos do acordo de cessar-fogo”, disse Katz às tropas israelitas na terça-feira.
“Iremos responder (às violações do cessar-fogo) com uma reação máxima e tolerância zero”.
Katz disse que, se a guerra recomeçar, Israel alargará os seus ataques para além das áreas onde se concentram as atividades do grupo militante e “já não haverá uma isenção para o Estado do Líbano”.
Durante os 14 meses de conflito entre Israel e o Hezbollah, Israel absteve-se de atacar infraestruturas críticas das forças armadas libanesas. Quando os ataques israelitas mataram ou feriram soldados libaneses, os militares israelitas afirmaram tratar-se de um ato acidental.
A guerra parecia ter terminado na semana passada, depois de os EUA e a França terem mediado uma trégua. O acordo, que entrou em vigor, deu 60 dias a Israel para retirar as suas forças do Líbano e ao Hezbollah para se deslocar para norte do rio Litani.
A nova zona tampão deverá ser patrulhada pelas forças armadas libanesas e pelas forças de manutenção da paz da ONU.
Nos últimos dias, Israel realizou vários ataques em resposta ao que diz serem violações por parte do Hezbollah.
O presidente do Parlamento libanês, Nabih Berri, acusou Israel de violar a trégua mais de 50 vezes nos últimos dias, lançando ataques aéreos, demolindo casas perto da fronteira e violando o espaço aéreo libanês.