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Coreia do Sul: autoridades suspendem tentativa de detenção do presidente destituído após impasse

Agentes da polícia chegam ao portão da residência presidencial em Seul com um mandado de captura do Presidente Yoon Suk Yeol, 3 de janeiro de 2025
Agentes da polícia chegam ao portão da residência presidencial em Seul com um mandado de captura do Presidente Yoon Suk Yeol, 3 de janeiro de 2025 Direitos de autor  Lee Jin-man/Copyright 2025 The AP. All rights reserved
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De Gavin Blackburn com AP
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Autoridades não conseguiram passar pela segurança presidencial. É o mais recente confronto numa crise política que paralisou a política sul-coreana e que levou à destituição de dois chefes de Estado em menos de um mês.

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As autoridades sul-coreanas suspenderam a tentativa de detenção do presidente destituído Yoon Suk Yeol e abandonaram a sua residência em Seul após um impasse de quase seis horas com as forças de segurança.

A agência anti-corrupção do país informou que retirou os seus investigadores depois de o serviço de segurança presidencial os ter impedido de entrar na residência de Yoon devido a preocupações com a sua segurança.

A agência expressou “grande pesar pela atitude do suspeito, que não respondeu a um processo legal”.

Os investigadores já tinham forçado a passagem por entre a multidão de apoiantes de Yoon que se tinham reunido à porta da sua residência oficial, antes de enfrentarem o Serviço de Segurança Presidencial. Este serviço já tinha anteriormente bloqueado o acesso dos investigadores com um mandado de busca ao gabinete e à residência de Yoon e esperava-se que impedissem a sua detenção.

Os acontecimentos ocorridos na madrugada de sexta-feira foram o mais recente confronto numa crise política que paralisou a política sul-coreana e levou à destituição de dois chefes de Estado em menos de um mês.

Agentes da polícia chegam ao portão da residência presidencial em Seul com um mandado de captura do Presidente Yoon Suk Yeol, 3 de janeiro de 2025.
Agentes da polícia chegam ao portão da residência presidencial em Seul com um mandado de captura do Presidente Yoon Suk Yeol, 3 de janeiro de 2025. Lee Jin-man/AP

Tudo começou a 3 de dezembro, quando Yoon, aparentemente frustrado pelo facto de as suas políticas serem bloqueadas por um parlamento dominado pela oposição, declarou a lei marcial e enviou tropas para que cercassem a Assembleia Nacional.

O Parlamento anulou essa declaração poucas horas depois, numa votação unânime, e destituiu Yoon em 14 de dezembro, enquanto as autoridades sul-coreanas abriam uma investigação criminal sobre os acontecimentos.

No entanto, Yoon manteve-se desafiante, ignorando os pedidos de interrogatório e prometendo lutar para permanecer no cargo.

Seok Dong-hyeon, um dos vários advogados da equipa jurídica de Yoon, confirmou que os investigadores chegaram ao edifício, mas disse que era pouco provável que conseguissem deter o presidente esta sexta-feira.

O advogado considerou que os esforços da agência de combate à corrupção para deter Yoon foram “imprudentes” e revelaram um “desrespeito escandaloso pela lei”.

O Ministério da Defesa da Coreia do Sul já tinha confirmado que os investigadores e os agentes da polícia tinham passado por uma unidade militar que guardava os terrenos da residência antes de chegarem ao edifício.

O Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, discursa na residência presidencial em Seul, a 14 de dezembro de 2024
O Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, discursa na residência presidencial em Seul, a 14 de dezembro de 2024 AP/Gabinete do presidente da Coreia do Sul

O impasse levou o Partido Democrático, da oposição liberal, a apelar ao líder interino do país, o vice-primeiro-ministro Choi Sang-mok, para que ordenasse a retirada do serviço de segurança presidencial.

Numa mensagem desafiadora de Ano Novo dirigida aos apoiantes conservadores que se reuniam à porta da sua residência, Yoon afirmou que “lutará até ao fim” contra o que designou por “forças anti-estatais”.

Os seus advogados qualificaram o mandado de captura de “inválido” e “ilegal” e afirmaram que a força de segurança presidencial poderia prender a polícia que tentasse executá-lo.

Milhares de agentes da polícia reuniram-se na residência de Yoon e formaram um perímetro em torno de um grupo crescente de manifestantes pró-Yoon, que enfrentaram temperaturas negativas durante horas, agitando bandeiras sul-coreanas e americanas e entoando palavras de ordem em seu apoio.

Apoiantes do presidente sul-coreano destituído Yoon Suk Yeol organizam uma manifestação para se oporem a um tribunal que emitiu um mandado de detenção contra ele.
Apoiantes do presidente sul-coreano destituído Yoon Suk Yeol organizam uma manifestação para se oporem a um tribunal que emitiu um mandado de detenção contra ele. Lee Jin-man/AP

Na terça-feira, um tribunal de Seul emitiu um mandado de detenção contra Yoon, depois de este ter ignorado vários pedidos de comparência para interrogatório e de ter bloqueado as buscas no seu gabinete em Seul, dificultando a investigação sobre se a sua tomada de poder mal concebida constituía uma rebelião.

O mandado é válido por uma semana e os investigadores poderão fazer uma nova tentativa de detenção de Yoon após a tentativa falhada de sexta-feira.

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