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República Democrática do Congo diz que vai participar em conversações de paz com rebeldes do M23 em Angola

Antigos membros das Forças Armadas da República Democrática do Congo (FARDC) e agentes da polícia que alegadamente se renderam aos rebeldes do M23 chegam a Goma.
Antigos membros das Forças Armadas da República Democrática do Congo (FARDC) e agentes da polícia que alegadamente se renderam aos rebeldes do M23 chegam a Goma. Direitos de autor  AP Photo/Moses Sawasawa
Direitos de autor AP Photo/Moses Sawasawa
De Oman Al Yahyai com AP
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O presidente congolês, Félix Tshisekedi, enviou uma delegação governamental a Luanda, capital de Angola, sendo que o M23 também confirmou a sua participação.

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O governo da República Democrática do Congo vai participar em conversações de paz com o grupo rebelde M23, apoiado pelo Ruanda, em Angola, na terça-feira, segundo confirmou um porta-voz.

De acordo com Tina Salama, porta-voz do presidente congolês, Félix Tshisekedi, uma delegação representativa da República Democrática do Congo encontra-se atualmente em Luanda, a capital angolana, para as negociações.

O M23 também enviou uma delegação a Luanda, informou um porta-voz do movimento, Lawrence Kanyuka, na rede social X, na segunda-feira.

O conflito no leste da República Democrática do Congo tem vindo a intensificar-se desde janeiro, quando os rebeldes do M23 tomaram a cidade estratégica de Goma, a que se seguiu a tomada de Bukavu em fevereiro.

Na semana passada, Angola, na qualidade de mediador, declarou que iria acolher negociações diretas entre o governo congolês e o M23, numa tentativa de potenciar um alívio do conflito.

As negociações entre a República Democrática do Congo e o Ruanda foram inesperadamente canceladas em dezembro, depois de o Ruanda ter condicionado a assinatura de um acordo de paz a um diálogo direto entre a República Democrática do Congo e os rebeldes do M23, algo que foi recusado por Kinshasa.

“O diálogo com um grupo terrorista como o M23 é uma linha vermelha que nunca iremos ultrapassar”, afirmou Tshisekedi, durante um discurso em meados de janeiro.

O M23 é um dos cerca de 100 grupos armados que atuam no leste da República Democrática do Congo, uma região rica em minerais. O conflito em curso deu origem a uma das crises humanitárias mais graves do mundo, com mais de 7 milhões de pessoas deslocadas.

A ONU estima que o M23 seja apoiado por cerca de 4.000 soldados ruandeses.

No mês passado, o Conselho de Direitos Humanos da ONU lançou uma investigação sobre as violações dos direitos humanos que terão sido cometidas por ambas as partes, incluindo alegações de violação e “assassinatos sumários”.

Já o Departamento de Estado dos EUA afirmou, na semana passada, estar disponível para estabelecer uma parceria de exploração mineira na República Democrática do Congo, tendo confirmado o início de discussões preliminares.

No domingo, Tshisekedi reuniu-se com o enviado especial dos EUA para a República Democrática do Congo, Ronny Jackson, para discutir temas de segurança e cooperação económica.

"Queremos trabalhar em conjunto para que as empresas norte-americanas possam investir e operar na República Democrática do Congo e, para isso, temos de assegurar a paz no país", referiu Jackson em declarações aos jornalistas, após a reunião.

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