Newsletter Boletim informativo Events Eventos Podcasts Vídeos Africanews
Loader
Encontra-nos
Publicidade

Povo bielorrusso não desistiu de derrubar o regime, diz a líder da oposição

Artista Ales Pushkin agita bandeira vermelha e branca que simboliza a oposição a Lukashenko em frente a um bloqueio policial durante um protesto em Minsk, em agosto de 2020.
Artista Ales Pushkin agita bandeira vermelha e branca que simboliza a oposição a Lukashenko em frente a um bloqueio policial durante um protesto em Minsk, em agosto de 2020. Direitos de autor  AP
Direitos de autor AP
De Sasha Vakulina
Publicado a
Partilhe esta notícia Comentários
Partilhe esta notícia Close Button
Copiar/colar o link embed do vídeo: Copy to clipboard Copied

Sviatlana Tsikhanouskaya, líder da oposição bielorrussa, disse à Euronews que, apesar de o movimento de protesto na Bielorrússia ter passado para a clandestinidade, as pessoas estão a preparar-se e "estarão prontas" para derrubar o regime na primeira oportunidade.

PUBLICIDADE

O que o presidente russo quer não é apenas a anexação de territórios, mas regimes leais e a russificação total de países e nações, diz a líder da oposição bielorrussa Sviatlana Tsikhanouskaya.

À Euronews, Tsikhanouskaya disse que, apesar de o movimento de protesto no seu país ter passado praticamente à clandestinidade, isso significa que as pessoas estão a preparar-se para se erguerem no momento certo.

Falando sobre se mudanças na Rússia podem ter uma influência na Bielorrússia, Tsikhanouskaya considera que “pode acontecer algo na Rússia que enfraqueça Alexander Lukashenko e que as pessoas se revoltem novamente. Pode ser uma vitória para a Ucrânia. Isso irá enfraquecer Putin e Lukashenko”, defende.

"Mas as mudanças na Rússia podem começar com mudanças também na Bielorrússia", acrescentou Tsikhanouskaya, afirmando que existem "mais possibilidades de mudar o regime na Bielorrússia do que na Rússia".

"Toda esta repressão constante que estamos a sofrer há quatro, quase cinco anos, não fez com que as pessoas esquecessem, perdoassem ou negassem as suas perspetivas pró-europeias", acrescenta.

De acordo com o centro bielorrusso de direitos humanos Vyasna, mais de 50.000 pessoas foram detidas por razões políticas após os protestos maciços que eclodiram na sequência das eleições presidenciais de agosto de 2020 e pelo menos 5.472 pessoas foram condenadas em processos criminais com motivações políticas.

As Nações Unidas estimam que cerca de 300.000 bielorrussos abandonaram o país desde então, a maioria para a Polónia e a Lituânia.

Os protestos de 2020 foram desencadeados pelos resultados das eleições que deram a Lukashenko o seu sexto mandato.

Nos dias que correm, 15 a 20 pessoas estão a ser detidas diariamente na Bielorrússia, segundo Tsikhanouskaya. "Ele [Lukashenko] comporta-se como se ainda tivesse milhares de pessoas em frente ao seu palácio".

"Esta visível tranquilidade do país não significa que as pessoas tenham desistido. Significa que as pessoas estão a preparar-se e que estarão prontas quando houver essa possibilidade".

Ir para os atalhos de acessibilidade
Partilhe esta notícia Comentários

Notícias relacionadas

Tsikhanouskaya: sacrificar os interesses da Ucrânia agora abre caminho a nova invasão russa

"Estou-me nas tintas para o Ocidente", diz Lukashenko enquanto a UE ameaça com sanções

"Eleições, protestos? Já nada disso tem significado", dizem ativistas da oposição no exílio