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Trump desvaloriza falha de segurança no Signal como um pequeno “erro"

O Presidente Donald Trump faz um discurso na Sala Roosevelt da Casa Branca em Washington, segunda-feira, 24 de março de 2025. (Pool via AP)
O Presidente Donald Trump faz um discurso na Sala Roosevelt da Casa Branca em Washington, segunda-feira, 24 de março de 2025. (Pool via AP) Direitos de autor  (Pool via AP)
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Trump disse à imprensa local que o lapso "acabou por não ser grave" e expressou o seu apoio ao conselheiro de segurança nacional Mike Waltz.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desvalorizou na terça-feira o envio de mensagens de texto com planos sensíveis para um ataque militar no Iémen para uma conversa de grupo que incluía o jornalista Jeffrey Goldberg, chamando-lhe "a única falha em dois meses" da sua administração.

A reação de Trump ao acontecimento, que parece tê-lo apanhado de surpresa quando um repórter lhe perguntou pela primeira vez na segunda-feira, surge no momento em que os legisladores democratas criticam a sua administração por tratar informações altamente sensíveis de forma descuidada.

Trump disse à imprensa local que o lapso "acabou por não ser grave" e expressou o seu apoio ao conselheiro de segurança nacional Mike Waltz.

"Michael Waltz aprendeu uma lição e é um bom homem", afirmou. O presidente pareceu também atribuir a culpa a um assessor anónimo de Waltz pela inclusão de Goldberg no chat de grupo. "Foi uma das pessoas do Michael que tinha o telefone. Um funcionário tinha lá o número dele".

De acordo com uma história publicada pela The Atlantic na segunda-feira, Waltz parece ter incluído involuntariamente Jeffrey Goldberg, o editor-chefe da revista, numa conversa que envolvia dezoito altos funcionários da administração a falar sobre os preparativos do ataque contra os rebeldes Houthi.

Conversa de grupo decorreu na aplicação Signal.
Conversa de grupo decorreu na aplicação Signal. Kiichiro Sato/AP

A utilização da aplicação de mensagens Signal para discutir uma operação sensível expôs a administração a críticas ferozes por parte dos legisladores democratas, que expressaram a sua indignação perante a insistência da Casa Branca de que não foi partilhada qualquer informação confidencial.

Os altos funcionários da administração norte-americana têm-se esforçado por explicar por que razão a aplicação disponível ao público foi utilizada para discutir um assunto tão delicado.

Na terça-feira, Waltz disse não ter a certeza de como Goldberg acabou no chat. "Este em particular, eu nunca conheci, não sei, nunca comuniquei com ele", disse Waltz.

Mais tarde, numa entrevista à FOX News, o conselheiro de segurança nacional admitiu o erro e assumiu a responsabilidade.

"Cometemos um erro. Estamos a seguir em frente", disse Waltz, que acrescentou ter assumido "total responsabilidade" pelo episódio.

Antes de derrotar Hillary Clinton nas eleições de 2016, Trump pediu que a ex-secretária de Estado fosse acusada de crime por discutir material confidencial com seus assessores usando um servidor de e-mail privado que ela criou.

O assunto foi investigado, mas o FBI acabou por recomendar que não fossem apresentadas acusações, o que veio a acontecer.

Na segunda-feira, Clinton foi uma entre os democratas que criticaram esta semana a utilização do Signal por parte dos funcionários da administração de Trump.

"Só podem estar a brincar comigo", escreveu num post no X que destacava o artigo da The Atlantic.

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