Ataque aéreo afetou infraestruturas-chave dos Guardas da Revolução, incluindo a prisão de Evin, aconteceu algumas horas depois de Donald Trump ter sugerido a possibilidade de uma mudança de regime.
Durante a madrugada e manhã desta segunda-feira, voltou a ver-se coluna de fumo no coração de Teerão. Desta vez o alvo foram “símbolos do regime e do aparelho de repressão”, segundo o ministro da defesa de Israel.
Num comunicado, Israel Katz disse que foram atingidos a prisão de Evin, o relógio “Destruição de Israel", a sede da milícia Basij e a sede de segurança interna dos Guardas da Revolução.
A prisão de Evin, gerida pelos Guardas da Revolução, é conhecida por ser o local de detenção de prisioneiros políticos, incluindo estrangeiros ou com dupla nacionalidade.
O ataque à prisão foi confirmado pela agência iraniana Fars, que considerou a situação “sob controlo”.
Quanto ao relógio da "Destruição de Israel", foi erguido no centro de Teerão em 2017. Faz a contagem decrescente para 2040, ano que a liderança do Irão associa à queda da nação judaica.
O porta-voz do exército israelita (IDF na sigla inglesa), Effie Defrin, disse que se trata uma série de ataques “precisos” contra infraestruturas ligadas à Guarda Revolucionária.
Os Guardas da Revolução são uma força militar de elite criada após a Revolução Islâmica de 1979 e que respondem apenas ao aiatola.
Estes ataques surgem apenas algumas horas depois de Donald Trump referir um possível interesse numa mudança de regime no Irão, sob a sigla MIGA: Make Iran Great Again (Fazer o Irão Grande outra vez).
Fordow atacado de novo
As instalações nuclear de Fordow também foram alvo de ataques israelitas, apenas um dia depois de os Estados Unidos terem bombardeado o local com o recurso a aviões B2.
Entretanto, o chefe da Agência Nuclear de Energia Atómica disse que os ataques norte-americanos a Fordow deixaram danos “muito significativos”.
“Dada a carga explosiva utilizada e a natureza extremamente sensível à vibração das centrífugas, espera-se que tenham ocorrido danos muito significativos”, disse Rafael Mariano Grossi.
Anteriormente, o organismo tinha dito que a extensão dos danos não era clara. O presidente norte-americano, Donald Trump, disse que "obliteração é um termo preciso", ao descrever o impacto do ataque.
Nesta última onda de ataques, Israel também atacou seis aeroportos no centro e leste do país. As IDF dizem ter destruídos 15 aeronaves, incluindo caças e helicópteros, e atacado pistas, hangares subterrâneos.