Wilawan Emsawat terá seduzido e chantageado vários monges para obter pagamentos avultados no valor de milhões de euros durante três anos.
A polícia tailandesa prendeu uma mulher que alegadamente aliciou vários monges budistas para relações sexuais, chantageando-os depois com vídeos e fotografias.
Wilawan Emsawat, de 30 e poucos anos, foi detida na terça-feira em casa, na província de Nonthaburi, a norte da capital, Banguecoque, acusada de extorsão, branqueamento de capitais e receção de bens roubados.
A polícia tailandesa acredita que Wilawan teve relações sexuais com pelo menos nove monges e recebeu cerca de 385 milhões de baht (10,2 milhões de euros) nos últimos três anos através de extorsão.
Wilawan não fez qualquer declaração desde a detenção e não se sabe se tem representação legal. Em declarações aos media locais antes da detenção, reconheceu uma relação e disse que tinha dado dinheiro a esse monge.
A possível violação da regra do celibato dos monges abalou as instituições budistas e chamou a atenção do público na Tailândia.
Pelo menos nove abades e monges superiores envolvidos no escândalo foram despojados e expulsos da vida monástica, informou o Gabinete Central de Investigação da Polícia Real Tailandesa.
Na Tailândia, são habituais os escândalos com monges, mas geralmente não envolvem membros superiores do clero.
A detenção de Wilawan também põe também em evidência as avultadas somas de dinheiro doadas aos templos controlados, o que contrasta fortemente com a vida modesta que é suposto os monges levarem segundo os preceitos budistas.
Jaroonkiat Pankaew, comissário-adjunto do Gabinete Central de Investigação, disse que a investigação começou no mês passado, depois de um abade de um conhecido templo de Banguecoque ter abandonado abruptamente a vida de monge.