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Terramoto de magnitude 8,8 ao largo da costa leste da Rússia, alertas de tsunami no Japão e EUA

Imagens da destruição do sismo em Petropavlovsk-Kamchatsky
Imagens da destruição do sismo em Petropavlovsk-Kamchatsky Direitos de autor  AP/Russian Emergency Ministry Press Service
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De Euronews com AP
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Terramoto na região russa de Kamchatka, de intensa atividade sísmica, provocou um alerta de tsunami na margem oposta do oceano, nos estados americanos do Alasca e do Havai.

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Um tsunami atingiu as áreas costeiras das Ilhas Kuril, na Rússia, e da ilha de Hokkaido, no norte do Japão, depois de um forte terramoto de magnitude 8,8 ter atingido a costa da Rússia na madrugada de quarta-feira. Também foram emitidos alertas para o Havai, entretanto também atingido, o Alasca e outras zonas mais a sul, em direção à Nova Zelândia.

O terramoto, um dos mais fortes já registados, ocorreu a uma profundidade de 19,3 km e teve epicentro a 126 km a sudeste de Petropavlovsk-Kamchatsky, uma cidade ao longo da Baía de Avacha, na Rússia, informou o Serviço Geológico dos Estados Unidos.

Segundo Sergei Lebedev, ministro regional para situações de emergência, foi registado um tsunami com ondas de 3 a 4 metros em partes da Península de Kamchatka.

"Infelizmente, há algumas pessoas feridas durante o evento sísmico. Algumas ficaram feridas enquanto corriam para fora e um paciente saltou de uma janela. Uma mulher também ficou ferida dentro do novo terminal do aeroporto», disse Oleg Melnikov, ministro regional da Saúde, à agência de notícias estatal russa TASS, citada pelo Guardian.

A Agência Meteorológica do Japão informou que um tsunami de até 60 centímetros foi detetado à medida que as ondas se moviam para sul ao longo da costa do Pacífico, de Hokkaido até a baía de Tóquio. Seguiram-se ondas de maiores dimensões, com as mais altas a terem atingido os 1,3 metros, com as autoridades a esperarem ondas que podem atingir os três metros.

A central nuclear de Fukushima, no nordeste do Japão, foi evacuada, embora não tenha sido registada qualquer "anormalidade", segundo fontes oficiais.

O Centro de Alerta de Tsunamis do Ministério de Recursos Naturais da China emitiu um alerta para partes da costa leste do país ao longo das províncias de Xangai e Zhejiang.

O alerta prevê que as ondas podem atingir entre 30 centímetros a um metro.

Xangai e Zhejiang já estão em alerta, já que o tufão CoMay deve atingir a província de Zhejiang esta quarta-feira.

Foram igualmente levadas a cabo evacuações em vários territórios do Pacífico, de Guam até Saipan, mas também a Indonésia, entre outros.

Já na Nova Zelândia, a agência nacional de gestão de catástrofes alertou que as áreas costeiras do país poderiam esperar "correntes fortes e incomuns e ondas imprevisíveis na costa". Mas indicou, ainda assim, que não existia uma necessidade imediata de evacuação.

Estados Unidos em alerta

Dave Snider, coordenador de alertas de tsunami do Centro Nacional de Alerta de Tsunamis no Alasca, diz que não há danos a registar por agora na sequência do tsunami.

Esperam-se ondas entre os 30 centímetros até 1,5 metros em partes do Alasca, Oregon, Washington e Califórnia. Neste último estado, já foram observadas ondas de 0,5 metros acima do nível da maré, mais concretamente em Arena Cove. Segundo as autoridades, os impactos do tsunami poderão sentir-se ao longo das próximas horas ou mesmo dias.

“Um tsunami não é apenas uma onda”, disse Snider. “É uma série de ondas poderosas durante um longo período de tempo. Os tsunamis atravessam o oceano a centenas de quilómetros por hora — tão rápido quanto um avião a jato — em águas profundas. Mas quando se aproximam da costa, diminuem a velocidade e começam a acumular-se. E é aí que o problema da inundação se torna um pouco mais provável", explicou à AP.

No Havai, em Honolulu, os transportes públicos deixaram de circular, as empresas interromperam a atividade e os residentes foram aconselhados a deslocar-se para zonas elevadas, tendo sido emitido um alerta.

As primeiras ondas, de 1,74 metros, foram registadas em Kahului, em Maui, tendo sido avistadas outras de 1,49 metros em Hilo. Ainda não foram registados danos significativos.

Mas as autoridades, entretanto, baixaram o nível de alerta e levantaram a ordem de evacuação, indicando que "não se espera que um grande tsunami atinja o estado do Havai". Os voos no Aeroporto Internacional de Honolulu também já foram, entretanto, retomados.

O serviço de meteorologia dos EUA alertou ainda as pessoas para que não se desloquem até à costa com o objetivo de ver ou fotografar as ondas do tsunami, nomeadamente em São Francisco, onde a área da baía foi colocada sob alerta.

Zonas costeiras do Canadá, Peru e México também estão sob aviso.

Fortes terramotos no início de julho em Kamchatka

No início de julho, ocorreram cinco fortes terramotos perto de Kamchatka, sendo o mais forte com magnitude de 7,4. O maior terramoto ocorreu a 20 quilómetros de profundidade e a 144 quilómetros a leste da cidade de Petropavlovsk-Kamchatsky, que tem uma população de 180.000 habitantes.

Um terramoto de magnitude 9,0 em Kamchatka, a 4 de novembro de 1952, causou ondas de nove metros no Havai, provocando estragos mas sem vítimas a registar.

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