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O que se sabe sobre a morte de Matilde Muñoz? A espanhola assassinada na Indonésia

A espanhola Matilde Muñoz durante uma das suas viagens ao continente asiático.
A espanhola Matilde Muñoz durante uma das suas viagens ao continente asiático. Direitos de autor  Redes sociales
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De Rafael Salido
Publicado a Últimas notícias
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Não era a primeira vez que viajava para Lombok, mas desta vez seria a última. Muñoz, nascida em Ferrol, era uma amante das praias asiáticas, mas nunca poderia suspeitar que o seu corpo acabaria enterrado numa delas.

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No passado mês de junho, a galega Matilde Muñoz, de 72 anos, deixou Espanha rumo à Indonésia. Não era a primeira vez que visitava o país asiático, onde já tinha estado três vezes. O que Matilde Muñoz dificilmente poderia imaginar na altura era que esta seria a última vez.

Nascida em Ferrol, cidade na Galiza, em 1952 e radicada em Maiorca durante anos, María Matilde Muñoz Cazrola estava reformada e gostava de viajar pelo mundo, especialmente pela Ásia.

Na cidade de Lombok, famosa pelas suas praias paradisíacas e pelo terramoto que abalou a ilha em 2018, a espanhola tinha optado por ficar hospedada no hotel Bumi Adityia, onde já tinha ficado no passado e onde planeava ficar até meados de julho.

Foi aí que o seu rasto se perdeu e o mistério começou.

Preocupada por não conseguir comunicar com ela através do WhatsApp, a amiga Olga Marín comunicou o seu desaparecimento a 28 de julho na esquadra de Sant Feliu de Guixols, em Girona, segundo a TVE. O sobrinho, Ignacio Vilariño, também apresentou duas queixas no tribunal de Alcalá de Henares, convencido de que a sua "querida tia" não tinha desaparecido voluntariamente.

Após quase dois meses sem notícias, o corpo foi encontrado a 30 de agosto, enterrado numa praia da ilha de Lombok, confirmaram fontes familiares aos meios de comunicação social espanhóis.

Contudo, apesar do corpo ter aparecido, o mistério está apenas a começar.

Um caso cheio de sombras

Inicialmente, quando as autoridades locais se juntaram à investigação, a 13 de agosto, depois de a Embaixada de Espanha em Jacarta ter pedido oficialmente ajuda, o hotel garantiu que Muñoz tinha abandonado o estabelecimento e que, a 6 de julho, lhes tinha enviado uma mensagem do Laos.

Além disso, segundo os meios de comunicação social locais, disseram inicialmente aos agentes que Muñoz tinha ficado num quarto que não era o seu e garantiram-lhes que a turista tinha pago em dinheiro, quando na realidade tinha pago antecipadamente e por transferência bancária. Também terão mentido sobre o aluguer de uma mota que a espanhola tinha utilizado na ilha.

Após a descoberta do cadáver, fontes policiais indonésias comunicaram a detenção de dois suspeitos, de 30 e 34 anos respetivamente, que vivem nas proximidades de Senggigi, na mesma ilha onde Muñoz se encontrava.

"Os dois confessaram ter planeado o assassinato da vítima. Entraram no quarto da vítima através de uma janela", declarou a polícia num comunicado, indicando que o motivo do crime foi o roubo dos seus pertences.

De acordo com o comunicado, roubaram 3 milhões de rupias, ou seja, cerca de 155 euros.

A imprensa local adiantou ainda que os suspeitos tinham asfixiado a vítima e levaram o corpo para uma praia próxima, onde o enterraram.

Um dos suspeitos trabalhava no hotel Bumi Adityia, enquanto o outro era um antigo empregado do hotel. Este facto pode explicar algumas das muitas sombras que ainda pairam sobre a investigação.

As autoridades indonésias informaram que um dos alegados assassinos foi detido na sua residência e o outro no hospital da cidade de Maratam.

No entanto, ainda está para explicar o que levou as autoridades especificamente a suspeitar destes dois homens. E como esta, há ainda muitas perguntas por responder.

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