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Moção de confiança e um "bloqueio geral": espera-se uma semana caótica em França

O primeiro-ministro francês François Bayrou apresenta as linhas gerais do orçamento para o próximo ano na terça-feira, 15 de julho de 2025, em Paris.
O primeiro-ministro francês François Bayrou apresenta as linhas gerais do orçamento para o próximo ano na terça-feira, 15 de julho de 2025, em Paris. Direitos de autor  Aurelien Morissard/Copyright 2025 The AP. All rights reserved.
Direitos de autor Aurelien Morissard/Copyright 2025 The AP. All rights reserved.
De Euronews
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Salvo uma grande surpresa, o governo de François Bayrou deverá cair esta semana. Foi também lançado um apelo a um "bloqueio geral" do país na quarta-feira.

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O futuro do primeiro-ministro francês François Bayrou está em jogo esta segunda-feira, 8 de setembro, com uma moção de confiança que, em teoria, parece muito desfavorável.

Como a votação é feita por maioria absoluta dos votos expressos, mais de metade dos votantes teria de rejeitar a moção de confiança para fazer cair o primeiro-ministro e o seu governo.

Praticamente todas as forças políticas anunciaram a sua intenção de recusar este voto de confiança, desde o Rassemblement National (RN), de extrema-direita, até à esquerda radical La France Insoumise (LFI), passando pelo Partido Socialista (PS), de esquerda. Do lado do partido conservador Les Républicains (LR), os deputados terão "liberdade de voto", anunciou no domingo o líder do grupo, Laurent Vauquiez.

Em caso de queda do governo, o presidente francês Emmanuel Macron poderá escolher entre nomear um novo primeiro-ministro, optar por um governo provisório ou dissolver novamente a Assembleia Nacional. Nenhuma destas três soluções parece ideal para o chefe de Estado, que tem enfrentado uma instabilidade política persistente desde o início do seu segundo mandato.

Apelo à paralisação do país na quarta-feira

Dois dias após a moção de confiança, França poderá viver um dia de impasse.

Na primavera, surgiu nas redes sociais um apelo para "bloquear tudo no dia 10 de setembro", embora não fosse claro quem estava por detrás disso.

O que inicialmente se assemelhava ao movimento "Gillets jaunes" (Coletes Amarelos) inclui agora ativistas de partidos políticos como o LFI e sindicatos como a CGT. Mas continua a ser difícil prever o leque de ações que serão levadas a cabo na quarta-feira.

Para além das greves (transportes, função pública, ensino nacional, hospitais, lojas, recolha de lixo) e das manifestações, foi proposta uma greve dos cartões de crédito, bloqueios de locais estratégicos e sabotagem de radares de trânsito ou de caixas automáticas.

Os serviços secretos estimam que poderão estar envolvidas até 100.000 pessoas. O ministro do Interior, Bruno Retailleau, diz não recear "um movimento em grande escala".

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