A Europa tem estado a aquecer duas vezes mais depressa do que a média global desde a década de 1980, de acordo com o Serviço de Alterações Climáticas Copernicus da União Europeia.
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As autoridades espanholas afirmaram na terça-feira que este verão foi o mais quente de que há registo no país do sul da Europa que, tal como toda a região mediterrânica, está a ser duramente afetado pelas alterações climáticas.
O serviço nacional de meteorologia informou que o país registou uma temperatura média de 24,2ºC entre 1 de junho e 31 de agosto.
Esta é a temperatura mais elevada desde que o serviço começou a manter registos em 1961.
O recorde anterior, de 24,1º C, foi estabelecido em 2022.
Este verão foi também 2,1 graus Celsius mais quente do que a média nacional de 1991-2020.
A temperatura mais elevada de um dia, 45,8 °C, foi registada em Jerez de la Frontera, no sul de Espanha, a 17 de agosto, durante uma vaga de calor.
A região mediterrânica está a aquecer 20% mais depressa do que a média mundial, segundo as Nações Unidas.
Os meses escaldantes do verão também foram marcados por incêndios florestais generalizados nas zonas rurais de Espanha.
Foi queimado um recorde de 3820 quilómetros quadrados de terra, ultrapassando o anterior máximo de 3060 estabelecido em 2022, de acordo com dados compilados pelo Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais da União Europeia.
O serviço meteorológico espanhol acrescentou que o país também teve um verão particularmente seco, especialmente nas zonas do noroeste, onde os incêndios florestais causaram a maior parte dos danos.
A Europa tem estado a aquecer duas vezes mais depressa do que a média global desde a década de 1980, de acordo com o Serviço de Alterações Climáticas Copernicus da União Europeia.