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Apagão ibérico foi causado por falhas em cascata na produção renovável

Apagão de 28 de abril deixou milhares de famílias às escuras
Apagão de 28 de abril deixou milhares de famílias às escuras Direitos de autor  Emilio Morenatti/Copyright 2025 The AP. All rights reserved.
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De Euronews
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O relatório classifica o incidente como de "escala 3" - o nível mais grave previsto pela legislação europeia - e descreve-o como "o mais significativo ocorrido no sistema elétrico europeu em mais de 20 anos".

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O apagão ibérico de 28 de abril foi provocado por uma sucessão de falhas súbitas de produção renovável, e subsequente perda de sincronismo com a rede continental europeia, segundo o painel de peritos que investiga o incidente.

O relatório publicado esta sexta-feira, elaborado especialistas de operadores de rede e reguladores de 12 países, classifica o incidente como de "escala 3" - o nível mais grave previsto pela legislação europeia - e descreve-o como "o mais significativo ocorrido no sistema elétrico europeu em mais de 20 anos", afetando milhões de cidadãos e provocando perturbações graves em serviços essenciais.

De acordo com a análise da Rede Europeia de Gestores de Redes de Transporte de Eletricidade, as falhas em cascata tiveram início às 12:32 (hora de Bruxelas), quando diversas centrais solares e eólicas no sul de Espanha se desligaram subitamente da rede, seguidas de perdas adicionais em regiões como Granada, Badajoz, Sevilha e Cáceres. Em menos de um minuto, foram retirados mais de 2,5 gigawatts de capacidade de produção

Esta quebra reduziu a compensação reativa disponível, provocando uma escalada da tensão elétrica e desencadeando um apagão em toda a Península Ibérica.

Às 12:33, o sistema ibérico começou a perder sincronismo com a rede continental, registando oscilações de frequência e tensão que não puderam ser estabilizadas pelos planos automáticos de defesa de Portugal e Espanha. Pouco depois, as interligações com França e Marrocos também foram desligadas, consumando a separação elétrica da Península e o colapso total dos sistemas português e espanhol.

As conclusões agora divulgadas baseiam-se apenas nos dados recolhidos até 22 de agosto. O relatório final, inicialmente previsto para outubro de 2026 mas agora antecipado, deverá ser conhecido no primeiro trimestre de 2026 e incluirá recomendações concretas destinadas a evitar incidentes semelhantes não apenas na Península Ibérica, mas em toda a rede elétrica europeia.

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