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Trump chama presidente colombiano de "traficante" em disputa sobre ataques dos EUA

Gustavo Petro (Imagem de arquivo)
Gustavo Petro (Imagem de arquivo) Direitos de autor  Copyright 2025 The Associated Press. All rights reserved
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De Jesús Maturana
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O prresidente colombiano Gustavo Petro denunciou que os Estados Unidos violaram a soberania colombiana e causaram a morte de um pescador durante operações militares contra o tráfico de droga nas Caraíbas. O caso provocou uma crise diplomática entre os dois países.

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O presidente colombiano Gustavo Petro acusou funcionários do governo dos EUA de cometerem um assassinato e violarem a soberania da Colômbia em águas territoriais. Segundo explicou o líder do país, Alejandro Carranza, um pescador sem ligações ao tráfico de droga, foi morto durante um ataque militar dos EUA nas Caraíbas colombianas em meados de setembro.

O "barco colombiano estava à deriva e tinha um sinal de avaria porque tinha um motor em cima dele", afirmou o presidente do colombiano nas redes sociais. "Aguardamos explicações do governo dos EUA", disse Petro na publicação, exigindo respostas sobre a operação que tirou a vida do pescador.

Audenis Manjarres, parente da vítima, natural de Santa Marta, identificou o barco de Carranza em vídeos divulgados pela imprensa internacional a 15 de setembro.

"Não é justo que o tenham bombardeado desta forma. Não é justo que o tenham bombardeado assim, uma pessoa inocente que sai para procurar o seu pão de cada dia", disse Manjarres à 'RTVC Noticias', confirmando que a última comunicação com o pescador foi no dia anterior ao ataque, às 5h00 locais.

Quando perguntaram a Trump se tinham provas de que se tratava de um barco do narcotráfico, ele respondeu: "Temos provas. Tudo o que têm de fazer é olhar para a carga que estava espalhada por todo o oceano: grandes sacos de cocaína e fentanil por todo o lado".

Trump elimina qualquer ajuda à Colômbia

O governo de Petro tem rejeitado veementemente as incursões militares dos EUA nas Caraíbas, perto das águas venezuelanas, e pediu recentemente às Nações Unidas para abrirem um processo criminal contra Donald Trump por ter ordenado estes ataques, que Petro afirma terem matado pescadores e jovens pobres.

A resposta de Trump foi enérgica e agressiva. O presidente dos EUA acusou Petro de ser "um líder da droga ilegal que encoraja fortemente a produção maciça de droga" na Colômbia, afirmando que o tráfico de estupefacientes se tornou "o maior negócio na Colômbia".

Trump anunciou a suspensão imediata de todos os pagamentos e subsídios dos EUA à Colômbia, chamando-lhes uma "fraude a longo prazo contra a América".

Trump chegou mesmo a visar o presidente colombiano diretamente nas suas mensagens:

"Petro, um líder subestimado e muito impopular com uma boca fresca para a América, é melhor fechar estes campos de extermínio imediatamente, ou a América vai fechá-los para ele, e não será de uma forma simpática".

Esta declaração marca um dos momentos mais tensos das relações bilaterais entre os dois países nos últimos anos.

Gustavo Petro respondeu também através das redes sociais, afirmando que "Trump está a ser iludido pelos seus anfitriões e conselheiros".

"Recomendo a Trump que leia bem a Colômbia e determine de que lado estão os narcos e de que lado estão os democratas", afirmou.

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