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Morreu o empresário e ex-primeiro-ministro Francisco Pinto Balsemão (1937-2025)

ARQUIVO: O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Caspar Weinberger, à esquerda, conversa com o primeiro-ministro português Francisco Pinto Balsemao, à direita, maio de 1981
ARQUIVO: O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Caspar Weinberger, à esquerda, conversa com o primeiro-ministro português Francisco Pinto Balsemao, à direita, maio de 1981 Direitos de autor  AP Photo/Rebelo
Direitos de autor AP Photo/Rebelo
De Ricardo Figueira
Publicado a Últimas notícias
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O antigo primeiro-ministro e fundador do PSD tinha 88 anos. Como político e empresário dos "media", marcou as últimas cinco décadas em Portugal, tendo fundado o jornal "Expresso" e a cadeia de televisão SIC.

O antigo primeiro-ministro português, fundador do PSD e do grupo de comunicação Impresa Francisco Pinto Balsemão morreu, esta esta terça-feira, aos 88 anos.

Em comunicado, o grupo informou que Francisco Pinto Balsemão morreu "de causas naturais" e que "os seus últimos momentos foram acompanhados pela família".

O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirma que se perdeu uma das principais personalidades do país nos últimos 60 anos e o primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou que o Governo vai decretar dia de luto nacional.

Nascido em 1937 numa família ligada aos jornais, torna-se administrador do extinto Diário Popular, de que o tio era um dos acionistas. Em 1973, fundou o semanário noticioso mais importante do país, o Expresso, verdadeira pedrada no charco num Portugal em que a ditadura vivia os seus momentos finais, e em 1992 esteve na origem da primeira cadeia de televisão privada, a SIC.

Deixando a direção do Expresso em 1979 para se dedicar em exclusivo à política, foi então sucedido pelo atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. Na nota de pesar da Presidência, Rebelo de Sousa diz que Balsemão foi "visionário, pioneiro, criativo, determinado, batalhador, democrata, social-democrata, europeísta e atlantista, esteve em quase todos os combates de meados dos anos 1960 até hoje".

Francisco Pinto Balsemão foi primeiro-ministro entre 1981 e 1983, tendo chegado à chefia do governo após a trágica morte do antecessor Sá Carneiro no atentado de Camarate. Os dois homens tinham estado, na sequência da revolução de 1974, na origem da fundação do Partido Social-Democrata, então Partido Popular Democrático (PPD/PSD) e, nos anos finais da ditadura, foram as principais figuras da chamada "Ala Liberal" do Parlamento.

Em pleno Conselho Nacional do PSD, o primeiro-ministro Luís Montenegro lembrou o fundador do partido como alguém "sempre presente, até ao fim, com uma palavra amiga, uma palavra de estímulo, uma palavra de análise. Um democrata, um dos fundadores da nossa democracia". Montenegro anunciou que, na reunião do Conselho de Ministros marcada para esta quarta-feira, seria decretado um dia de luto nacional para o dia das cerimónias fúnebres.

O último cargo exercido por Balsemão foi o de presidente da comissão política da candidatura de Marques Mendes à Presidência da República, tendo instado o partido a cerrar fileiras em torno do candidato, contra o que chamou "prolongamento de querelas maldosas provocadas e aproveitadas por interesses políticos obscenos que se alimentam de desgraças alheias". Foi sempre contra qualquer aproximação do PSD ao Chega.

André Ventura, líder do partido de direita radical, segundo mais representado na Assembleia da República, homenageou o antigo chefe de governo numa publicação na rede social X:

Também o Partido Socialista deixou a sua homenagem:

Francisco Pinto Balsemão foi ainda o primeiro português membro do conselho diretor (steering committee) do Grupo Bilderberg, uma das organizações mais confidenciais do mundo, que junta em reuniões periódicas dirigentes políticos e empresariais de todo o globo. Foi sucedido pelo também ex-primeiro-ministro e antigo presidente da Comissão Europeia José Manuel Durão Barroso.

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