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Que tipo de projetos vai financiar o plano de investimentos da Comissão Europeia? A lista proposta pela Bélgica é a mais alargada: 100 páginas de projetos! E num país onde quatro dos sete reatores nucleares foram parados, pondo em causa o fornecimento de energia este inverno, o destaque vai para os projetos energéticos. Da lista consta, por exemplo a construção de vários parques eólicos junto à costa ou a melhoria das interligações da rede elétrica com os países vizinhos: Alemanha, França, Holanda, Luxemburgo e até mesmo o Reino Unido, graças a um cabo subaquático de mais de 135 km de comprimento.
A responsável pela comunicação da companha de electricidade ELIA, Axelle Pollet, explica que “a Bélgica é um país que está no centro da Europa, por isso temos necessidade de participar na construção de uma rede europeia mais alargada. E participar também na construção do mercado europeu de energia exigido pela Europa que deve ter uma rede integrada”.
Entre os projetos belgas que constam do plano de investimentos europeu, encontramos muitas infraestruturas de transportes, programas ligados ao ambiente ou à nova era digital. Por exemplo: instalar redes wifi nos espaços públicos em cerca de 100 cidades ou desenvolver uma plataforma de “e-health” para que os pacientes possam ser acompanhados pela internet. Mas este tipo de projetos vai atrair os investidores privados como espera a nova Comissão Europeia? Os especialistas têm algumas reservas. Grégory Claeys, do instituto Bruegel, lembra que “existem projetos que, na minha opinião, não vão interessar os investidores privados, que procuram um retorno positivo desse investimento. Como são os privados que vão desenbolsar grande parte das verbas, são eles que vão selecionar os projetos, apenas aqueles que podem ter boa rentabilidade”.
A escolha dos projetos que vão ser realizados será feita pela Comissão e pelo Banco Europeu de Investimento. Mas os governos vão querer ter uma palavra a dizer sobre esta seleção.