As despesas mundiais com armamento aumentaram 1% em 2015 face ao ano anterior. No total, foram gastos 1,676 mil milhões de dólares, o equivalente a
As despesas mundiais com armamento aumentaram 1% em 2015 face ao ano anterior. No total, foram gastos 1,676 mil milhões de dólares, o equivalente a 1,47 mil milhões de euros.
Trata-se do primeiro aumento desde 2011. Para tal contribuíram os conflitos e tensões em várias parte do mundo e o combate aos terroristas islâmicos.
Global military spending grows for 1st time since 2011, topping $1.6 trillion in 2015 #Siprihttps://t.co/K1yKdxNQlXpic.twitter.com/PMZvReUQDR
— Italy at NATO (@ItalyatNATO) 5 de abril de 2016
Segundo o relatório do Instituto Internacional de Estudos para a Paz de Estocolmo, os Estados Unidos continuam a liderar a lista de países que mais gastam em armas. Mas as despesas recuaram 2,4% para 522,7 mil milhões de euros.
Em segundo lugar surge a China, com gastos a subir 7,4% para os 188,6 mil milhões de euros. Em terceiro lugar está a Arábia Saudita. O reino gastou mais 5,7%. A fatura eleva-se a 76,5 mil milhões de euros.
A Rússia, em quarto lugar, aumentou os seus gastos militares em 7,5%, para 58,2 mil milhões de euros.
Encerram a lista dos 15 maiores investidores o Reino Unido, Índia, França, Japão, Alemanha, Coreia do Sul, Brasil, Itália, Austrália, Emirados Árabes Unidos e Israel.
World military spending resumes upward course, says
SIPRIorg</a>. Stop decline in W. countries? <a href="https://t.co/IcyaaoH5uC">https://t.co/IcyaaoH5uC</a> <a href="https://t.co/dhPMef6EPc">pic.twitter.com/dhPMef6EPc</a></p>— Elena Cesca (
ElenaCesca) 5 de abril de 2016
Os gastos militares aumentaram 5,4% na Ásia e Oceânia em 2015. Uma subida que se deve ao crescimento de tensões entre a China e alguns países da região.
Em África, os gastos militares caíram 5,3% em 2015, depois de 11 anos de aumento crescente, uma inversão que se deveu principalmente à redução das despesas militares em Angola, o maior investidor da região subsariana.
Na América Latina e Caraíbas, as despesas militares caíram 2,9%, por efeito principalmente de cortes nos gastos por parte do Brasil e Venezuela, que enfrentam crises económicas devido à queda dos preços do petróleo.
Em sentido contrário, a crescente militarização da guerra contra o narcotráfico está por detrás da subida dos gastos na América Central.
A forte queda dos preços do petróleo em 2014 reverteu aquela tendência em muitos dos principais investidores dependentes das receitas do petróleo, pelo que o estudo estima que a redução das despesas militares continue no próximo ano.
Os casos mais claros desta tendência são os da Venezuela e Angola, que cortaram os gastos militares em 64% e 42% respetivamente, mas o estudo identifica comportamentos semelhantes no Equador, Bahrein, Brunei, Chade, Cazaquistão, Omã e Sudão do Sul, entre outros países.
Apesar da queda dos preços do petróleo, outros países exportadores de crude continuaram a aumentar os respetivos gastos militares em 2015, como são os casos da Argélia, Azerbaijão, Rússia, Arábia Saudita e Vietname, envolvidos em conflitos militares e crescente tensão regional.
Na Europa, as despesas militares aumentaram 1,7% para 288 milhões de euros. Mas a tendência regional não é homogénea.
Na parte ocidental, os países reduziram os orçamentos da defesa em 0,2%. Já na Europa central e de leste houve aumentos, em especial, na Rússia e nos países vizinhos.
O jornal Le Monde analisa a corrida às armas na Europa central e de leste.
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SIPRIorg</a>: Eastern flank hiked defence spending following rising fear of threat from Russia<a href="https://t.co/PRG5hLfJis">https://t.co/PRG5hLfJis</a> <a href="https://t.co/mXxfTq5nhh">pic.twitter.com/mXxfTq5nhh</a></p>— MoD Estonia (
MoD_Estonia) 5 de abril de 2016