A um mês das presidenciais francesas, os principais candidatos apresentaram as medidas económicas ao patronato, esta terça-feira.
A um mês das presidenciais francesas, os principais candidatos apresentaram as medidas económicas ao patronato, esta terça-feira.
François Fillon, candidato de centro direita, defende uma forte redução dos impostos e das cotisações patronais para impulsionar a competitividade e criar empregos.
O programa do antigo primeiro-ministro de Nicolas Sarkozy prevê também uma redução da despesa pública e medidas para fomentar o espírito empresarial por forma a evitar a fuga de talentos.
La réponse à l’exode des talents, c’est essentiellement de la liberté pour créer son entreprise. pic.twitter.com/DEqXksBxsR
— François Fillon (@FrancoisFillon) 28 de março de 2017
)) O candidato dos Republicanos preconiza também um aumento do tempo semanal de trabalho e mudanças no código laboral.
Se o programa de Fillon é largamente apoiado pelo patronato, já não se pode dizer o mesmo do de Marine Le Pen.
A candidata da Frente Nacional defende a saída do euro, fortemente criticada por economistas e empresários devido aos riscos de desvalorização cambial
Marine Le Pen preconiza pelo contrário o protecionismo das empresas francesas face à concorrência e pretende levar os bancos a conceder mais crédito às pequenas e médias empresas. Nesse sentido, Le Pen defende a criação de taxas de juro preferenciais para as empresas e empréstimos mais baratos para as famílias.
“L’Etat doit jouer tout son rôle en incitant les banques à financer les TPE-PME, et en faisant respecter les délais de paiement !” #MEDEFpic.twitter.com/xIySgIBZVu
— Marine Le Pen (@MLP_officiel) 28 de março de 2017
)) Emmanuel Macron, antigo ministro da Economia e líder do Movimento En Marche!, de centro, defende uma forte redução da despesa pública.
Ao mesmo tempo, propõe uma política fiscal e social que fomenta o emprego, o consumo e a competitividade empresarial.
No mercado do trabalho, Macron preconiza uma maior flexibilidade laboral, permitindo negociações setoriais sobre horários de trabalho e salários.
Do programa Macron consta ainda um plano de investimento de 50 mil milhões de euros a favor da inovação e do conhecimento, pois considera que a formação é a chave para reduzir o desemprego.
Il ne faut pas bloquer l’innovation. Il faut protéger les personnes par la formation, et pas les jobs. #Présidentielle2017
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) 28 de março de 2017
)) A grande medida de Benoît Hamon é a criação do rendimento universal, ou seja, um salário de base para todos para lutar contra a pobreza.
O candidato socialista ao Eliseu defende ainda o investimento numa economia amiga do ambiente e o desenvolvimento do setor digital, graças à inovação.
O certo é que Hamon falhou a oral com o patronato para se deslocar a Berlim, onde constatou as divergências com Angela Merkel sobre a questão da austeridade.
Nous avons évoqué avec Mme Merkel nos convergences sur la défense européenne et l’énergie ainsi que nos divergences sur l’austérité. #Berlinpic.twitter.com/nobBvwwOxS
— Benoît Hamon (@benoithamon) 28 de março de 2017
)) “Jean-Luc Mélenchon com o movimento “France Insoumise” representa a esquerda radical”:https://avenirencommun.fr/10-mesures-emblematiques/ e lidera a ideia de uma revolução impulsionada pelos cidadãos, através de uma renovação das instituições democráticas.
O candidato luta pela defesa dos bens comuns, é contra tratados de livre comércio, exige uma renegociação dos tratados europeus e defende um aumento do salário mínimo.
Nous voulons augmenter le smic de 175 euros. Parce qu’il ne permet pas de vivre bien ! #JLMRenneshttps://t.co/DBtSsAYtN7pic.twitter.com/J3RuwEAotv
— Jean-Luc Mélenchon (@JLMelenchon) 26 de março de 2017
)) A decisão está nas mãos dos franceses que votam a 23 de abril na primeira volta das presidenciais.