A incerteza é o sentimento dominante em Bruxelas depois do resultado eleitoral britânico, pouco antes de começarem as negociações sobre o Brexit.
A incerteza é o sentimento dominante em Bruxelas depois do resultado eleitoral britânico, pouco antes de começarem as negociações sobre o Brexit. Este é o tema em destaque no “Estado da União”, programa que passa em revista a atualidade europeia da semana.
O objetivo de Theresa May era ter um mandato mais forte para negociar um “Brexit duro”, mas conseguiu exatamente o contrário. A primeira-ministra britânica poderá formar um governo com o apoio do Partido Unionista Democrático, da Irlanda do Norte, mas a sua posição está muito enfraquecida.
Os conservadores perderam mais de uma dezena de assentos na Câmara dos Comuns, enquanto que o Partido Trabalhista conseguiu adicionar quase 30 lugares aos que tinha. Foi uma enorme vitória para o líder trabalhista, Jeremy Corbyn, apesar de ser severamente criticado pelos seus opositores e por membros moderados do seu próprio partido.
Esta dupla incerteza causada por um Parlamento “suspenso” e uma primeira-ministra enfraquecida gera preocupação na União Europeia no que toca às negociações sobre o Brexit, como revelam as reações de alguns dos seus líderes.
Para analisar o ponto da situação, o jornalista da euronews Toks Salako, falou com Ryan Heath, correspondente do website Politico, em Bruxelas.
À medida que a União Europeia se prepara para negociar o Brexit, muitas vozes dizem que chegou o momento de avançar com os planos para uma maior integração na defesa europeia, bloqueada pelo Reino Unido durante anos.
A Comissão Europeia colocou na mesa uma proposta para investir vários milhares de milhões de euros na defesa comum. O presidente do executivo europeu, Jean-Claude Juncker, salientou que os EUA já não estão tão disponíveis para ajudar a Europa.
Agenda da próxima semana:
- Segunda-feira, 12 de junho: Sessão plenária do Parlamento Europeu, em Estrasburgo (França), até quinta-feira
- Quinta-feira, 15 de junho: Reunião dos ministros das Finanças da zona euro, no Luxemburgo, com a presença de Christine Lagarde, diretora-geral do FMI
- Domingo, 18 de junho: Segunda volta das eleições legislativas em França