Empresa alemã alega que duas turbinas foram removidas da região de Taman, no sul do país.
Com Reuters
A alemã Siemens disse que pelo menos duas das turbinas de gás que possui foram removidas de território russo e transportadas para a Crimeia, território cuja anexação por parte de Moscovo não é reconhecida pela União Europeia, operação que terá sido levada a cabo “sem o consentimento da empresa.”
A região da Crimeia é atualmente objeto de sanções de Bruxelas que impedem empresas dos Estados membros de fornecerem elementos tecnológicos relacionados com a produção de energia, sanções em voga desde 2014.
A empresa referiu que irá apresentar uma queixa contra os responsáveis pela alegada remoção das turbinas, entregues no quadro de um projeto energético na região russa de Taman, sul da Federação.
O projeto é da responsabilidade da empresa pública russa Technopromexport, que nã tinha reagido oficialmente até ao final da tarde de segunda-feira.
Segundo fontes consultadas pela agência Reuters, as turbinas da Siemens foram, de facto, entregues em território da Península da Crimeia. A Euronews não pôde, no entanto, confirmar a informação.
Energia para a Crimeia, uma promessa de Putin
A produção de energia para consumo foi uma promessa do presidente Vladimir Putin, ainda que não exista uma empresa capaz de fornecer o tipo de turbinas em causa no país.
Segundo o Kremlin, as turbinas agora utilizadas na Península foram fabricadas na cidade de São Petersburgo. No entanto 65% do capital, da empresa em causa é detido pela Siemens.
Siemens há 170 anos na Rússia
A empresa alemã tem importantes investimentos na Rússia – mais de mil milhões de euros na última década.
A Alemanha continua a ser, apesar das tensões entre Bruxelas e Moscovo, um dos parceiros comerciais mais importantes da Rússia.