Companhia britânica quer compensar o planeta pela excessiva poluição

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De  Francisco Marques
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Easyjet anuncia objetivo de alcançar a neutralidade nas emissões de carbono e reforça aposta com o desenvolvimento, em parceria com a Airbus, de aviões híbridos e elétricos

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A Easyjet anunciou esta semana o objetivo de vir a tornar-se na primeira grande companhia aérea a operar voos de "carbono zero", numa meta prevista através do equilíbrio entre a excessiva poluição gerada e o contributo para a poupança do planeta.

A companhia britânica espera cumprir o objetivo com a compensação das emissões de carbono do combustível utilizado nos voos através de esquemas credenciados por "dois dos mais altos critérios de verificação, o Gold Standard e o Verified Carbon Standard", lê-se no comunicado da empresa.

A aposta ambiental da Easyjet irá ter um custo anual a rondar os €29 milhões, a aplicar em projetos florestais, de produção de energias renováveis e comunitários.

Por cada voo que operamos vamos compensar o carbono produzido pelo combustível usado, investindo em projetos que incluem plantar árvores ou proteger contra a desflorestação.
Easyjet
comunicado da empresa

A compensação será alcançada através desses investimentos e sem impacto nos clientes, promete a companhia. Tanto o preço dos voos como a prestação dos aviões e a segurança dos voos não serão afetados por esta aposta ecológica, refere a Easyjet.

O anúncio surgiu durante a apresentação dos resultados anuais da empresa, onde foi revelada uma subida de 8,6 por cento dos passageiros entre outubro do ano passado e o final de setembro.

Só em Portugal, onde detém 229 trabalhadores, a Easyjet cresceu nove por cento no último ano fiscal, ultrapassando pela primeira vez a fasquia dos 7 milhões de passageiros (chegou aos 7,2 milhões) e promete reforçar a aposta no país, com mais uma aeronave em 2020 e o aumento do quadro de pessoal

Na cerimónia foi ainda anunciado o lançamento de um novo negócio turístico na empresa: os pacotes de viagem, incluindo "transfers" e alojamento. É a tentativa da companhia aérea britânica beneficiar da falência deste ano ano da conterrânea agência de viagens Thomas Cook.

A "aposta verde" foi contudo o centro das atenções, com a Easyjet a anunciar também um novo acordo com a fabricante europeia Airbus para o desenvolvimento de aviões com motores híbridos e elétricos.

De acordo com a União Europeia, a aviação é responsável por três por cento do total das emissões de gases de estufa entre os vinte e oito. Dois por cento, a nível global.

Nesse sentido foi também relevante o anúncio do novo acordo da Easyjet com a Airbus para o desenvolvimento de aviões híbridos e elétricos, o que se vem juntar ao apoio já dado à Wright Eletric para a futura produção de uma aeronave 100% elétrica.

Desenvolver um aparelho amigo do ambiente é o sonho do setor da aviação para responder as crescentes exigências de um planeta a necessitar urgentemente de reduzir de forma significativa a utilização de motores de combustão.

De acordo com a União Europeia, as emissões poluentes ligadas diretamente à aviação é responsável por três por cento do total de emissões de gases com efeito de estufa de todos os 28 Estados-membros e dois por cento a nível global. "No total, se a aviação fosse um país, estaria no top-10 dos principais emissores (de gases poluentes)", lê-se na página da Ação Climática dedicada pela Comissão Europeia à aviação.

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