Neste Business Planet, uma empresa irlandesa mostra como está a tornar a aprendizagem numa brincadeira de crianças, através da inteligência artificial.
A inteligência artificial já foi descrita como uma das invenções mais revolucionárias do momento e sobre ela foi até já dito que terá um impacto maior que o fogo e a eletricidade.
Goste-se ou não, está a revolucionar a forma como vivemos e trabalhamos, e, quando usada com responsabilidade, pode mesmo ajudar a humanidade.
Em Dublin, na Irlanda, a empresa SoapBox Labs está a usar a inteligência artificial para ajudar as crianças a ler mais rápido e melhor, aplicando a tecnologia a atividades de lazer e aprendizagem.
Até ao momento, os aparelhos de reconhecimento de voz estavam sobretudo direcionados para um público adulto. De acordo com a fundadora, Patricia Scanlon, o que a companhia propõe é uma "tecnologia desenvolvida especificamente para crianças que está a modelar as vozes e os comportamentos de fala delas, usando a mais avançada tecnologia de inteligência artificial".
Num futuro próximo, brinquedos e aparelhos eletrónicos vão estar preparados para processar as vozes e maneira de falar dos utilizadores mais novos, assim como permitir a aprendizagem de novos idiomas.
A SoapBox está a atrair os gigantes da tecnologia, como por exemplo a Microsoft, que está a trabalhar para resolver problemas relacionados com a literacia e privacidade de dados de crianças.
A tecnologia foi também selecionada pelo "Reach Every Reader", um projeto de alfabetização dos Estados Unidos da América, apoiado pela iniciativa Chan Zuckerberg"
Atualmente a empresa com sede na Irlanda tem já 27 licenças comerciais globais e ampliou a plataforma para vários idiomas.
Acelerador do Conselho Europeu de Inovação
A Soapbox recebeu um financiamento de quase um milhão e quinhentos mil euros do Acelerador do Conselho Europeu de Inovação, um mecanismo que dá a ideias inovadoras o combustível necessário para levantarem voo e se tornarem num negócio de sucesso.
De acordo com o presidente da entidade, Mark Ferguson, o que o conselho procura são "pessoas com ideias absolutamente inovadoras, que vão gerar empresas de última geração, ótimas para os europeus, equipas realmente dedicadas, tecnologias fantásticas, que vão ser disruptivas e criar bons mercados", podendo o mecanismo "assegurar até dois milhões e quinhentos mil euros em subsídios, até 15 milhões nos mercados, para além dos contactos e da formação que vão permitir atrair outros investidores privados".
Apesar das vantagens e oportunidades, a Inteligência Artificial preocupa algumas pessoas. Com isso em mente, a Comissão Europeia prepara-se para apresentar uma estratégia para a Inteligência Artificial nas próximas semanas.