Um clube de aventureiros em Angola tem como passatempo descobrir o país em todo-o-terreno e convida-nos a viajar por belas paisagens locais e momentos de adrenalina.
Em Angola, um grupo de amigos decidiu fazer dos passeios pelo país uma aventura todo-o-terreno. Em veículos 4x4, percorrem quilómetros, proporcionando, a quem os acompanha, uma viagem por entre paisagens naturais, comunidades locais e experiências plenas de adrenalina.
O ponto de encontro é no Porto de Luanda. Para os membros deste clube de 4x4, os passeios sobre rodas são uma paixão.
"Para nós, o 4x4 é um passatempo, a gente gosta e Angola permite-nos, porque [tem] as condições, é África. Acho que é melhor todos terem o seu 4x4, para que possam viver e ter acesso a estes momentos, a estes locais magníficos", afirma o líder da viagem, Alfredo Oliveira.
Vinte e um veículos participam nesta viagem de 130 quilómetros. Seguem para norte, do porto de Luanda até à foz do rio Onzo, com algumas paragens ao longo do caminho.
O primeiro troço é por estrada. À saída de Luanda, a entrada na província vizinha de Bengo é uma oportunidade para se observar paisagem urbana, rural, e a vida comunitária local.
Para Yuri Maio Guimarães, presidente do grupo Toyota Land Cruisers de Angola, é também um momento para os participantes "se sentirem livres" ao volante de 4x4 e "tirarem partido" de um "país imenso e inexplorado, [que] tem muito para mostrar não só aos angolanos, mas também ao mundo".
Saindo da estrada em direção à costa, há pontos turísticos obrigatórios, como ver as águas do rio Lifune a entrar no mar, do alto da falésia.
O percurso mostra um pouco daquilo o que, para Adelino Chaves, outro dos participantes, é um privilégio.
"Temos a sorte de ter um país que nos oferece mil e uma possibilidades e, sobretudo, variedade. Podemos passar da floresta para o deserto, para o planalto central. Cada lugar tem a sua vegetação e as suas particularidades. Temos a faixa literal, o mar. Temos uma variedade inesgotável", afirma.
Já na areia, chega o momento de fazer subir a adrenalina.
Mas, nesta experiência, o amor pela natureza une os condutores e todos sabem que não pode ser vivido à custa do ambiente.
"Geralmente quando chego num local, deixo-o sempre mais limpo do que aquilo que encontrei. A gente pode realmente divertir-se, podemos usufruir da natureza, caçar, pescar de uma forma muito mais responsável. Se tivermos essa atitude, quem sabe, talvez daqui a 20 ou 30 anos, os nossos filhos poderão usufruir destes prazeres", acrescenta Adelino.
Chegar ao destino final, a foz do rio Onzo, pode demorar duas horas, ou ser uma viagem de um dia, se se for a um ritmo mais tranquilo.
A experiência é repetida pelos membros do clube sempre que possível.
"Estamos a menos de 100 quilómetros da capital e podemos desfrutar de um ambiente saudável. Angola está cheia destes sítios. Sempre que podemos, enquanto clube, fazemos estes passeios", diz Yuri Maio Guimarães.
A experiência, dizem, é para ser partilhada. No final, todos querem dar a conhecer a sua "grande Angola, este belo país".