O novo programa da euronews, The Exchange, apresentado por Guy Shone, traz as principais notícias e entrevistas do mundo dos negócios.
Nesta primeira edição de Exchange", a nossa nova montra internacional de negócios, damos uma vista de olhos sobre como a tecnologia está a ajudar algumas empresas do setor aéreo a recuperarem da COVID-19.
É quase impossível imaginar uma indústria que tenha sido mais duramente atingida pela pandemia do que o sector aéreo. Em alguns casos, os voos ficaram imobilizados durante meses a fio, causando a destruição de milhares de postos de trabalho.
O setor da aviação e a crise pandémica
O setor da aviação foi dos mais atingidos pela Covid-19: aviões parados, milhares de empregos perdidos, uma grande crise. Mas a Qatar nunca deixou de voar. O diretor-executivo do grupo e presidente da One World alliance, Akbar Al-Baker, explica que "não foi só a indústria da aviação que foi afetada", grande parte da "estrutura económica do planeta foi dizimada por este inimigo invisível, o coronavírus. É importante que as pessoas percebam que ele vai ficar connosco durante muito tempo e que terão de ajustar o seu estilo de vida, o seu comportamento, para voltarem a um modo de vida normal", refere Al-Bakar.
Regressar ao quase normal
No aeroporto Internacional de Hamad, no Qatar, tenta regressarse a uma normalidade que, não o sendo, permite aos passageiros sentirem-se regressar "à vida".
A repórter Scheherazade Safla foi conhecer uma forma inovadora de tornar as viagens mais seguras. Apesar da pandemia, a atividade está a aumentar neste aeroporto o primeiro e único, no Médio Oriente e Ásia, a receber uma classificação de segurança Skytrax 5 estrelas. Sessenta por cento da população mundial está a menos de 8 horas de voo do Qatar.
Neste aeroporto os viajantes de negócios encontram algumas das tecnologias mais avançadas e nunca vistas, em terra e no ar como capacetes de rastreio inteligentes que verificam todos os passageiros utilizando imagens térmicas infravermelhas, inteligência artificial e realidade aumentada. Um robô desinfetante liberta concentrações de luz ultravioleta, em zonas de tráfego intenso, para diminuir os vírus e bactérias.
Aos viajantes cabe apresentar uma aplicação de saúde, guardada no seu telemóvel, ao pessoal de terra do aeroporto e que está totalmente vacinado.
O check in é feito sem contacto, utilizando a tecnologia happy hover. A bordo, um sistema de cabina UV mata agentes patogénicos. Sistemas de filtragem de ar, com filtros HEPA, removem quase 100% dos contaminantes virais e bacterianos do ar.
Perspetivas de evolução do setor aéreo
Mas quão seguro se pode sentir o setor aéreo nos próximos 12 meses? O analista Simon Calder adianta que _"_o céu tem estado praticamente sem aviões e dados do final de maio, das companhias aéreas, davam conta de que as coisas não voltarão aos níveis anteriores durante talvez 4 ou 5 anos. Para qualquer companhia aérea, o próximo ano vai ser crítico e doloroso", conclui Calder.