Combate à pobreza, exclusão social e alterações climáticas são outras prioridades que os cidadãos querem que o Parlamento Europeu privilegie
Para os europeus - ainda sob pressão por causa dos efeitos da pandemia de Covid-19 - a saúde pública deve ser prioritária no Parlamento Europeu (PE), a par do combate à pobreza, exclusão social e alterações climáticas.
Os dados são do "Parlemeter". O Eurobarómetro do outono de 2021 do Parlamento Europeu é o terceiro realizado durante a pandemia.
De acordo com a pesquisa, 42% dos europeus colocam a saúde pública no topo da lista de prioridades. Outros 40% dão mais importância à luta contra a pobreza e a exclusão social.
39% acreditam que a luta contra as alterações climáticas é muito mais importante. Esta tendência é particularmente relevante entre os europeus mais jovens.
Do conjunto de 11 Estados-membros que entendem que a saúde pública deve determinar o rumo da política europeia, Portugal está à cabeça, com 72% dos portugueses a defenderem essa via. Chipre (61%) e Espanha (60%) completam o pódio. Itália (59%), um dos Estados-membros mais arrasados pela pandemia, ocupa a quarta posição.
A Lituânia (57%), Hungria (52%) e França (51%), por outro lado, são os três Estados-Membros mais preocupados em combater a pobreza e a exclusão social em toda a Europa, ao contrário da Suécia (63%), Países Baixos (61%) e Dinamarca (58%) que querem mais foco no combate às alterações climáticas.
Por outro lado, as atitudes dos europeus em relação ao Parlamento Europeu mantiveram-se estáveis. 36% dos inquiridos mantêm uma atitude positiva, mas os franceses estão menos interessados. Só 22% estão otimistas em relação ao Parlamento Europeu.
O Eurobarómetro baseia-se em 26.510 entrevistas presenciais e online realizadas com europeus com 15 ou mais anos, entre 2 de novembro e 3 de dezembro de 2021 nos 27 Estados-Membros da União Europeia.