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Mais de três mil trabalhadores em risco na fábrica da Audi em Bruxelas

O modelo da Audi feito em Bruxelas deverá passar a ser produzido no México
O modelo da Audi feito em Bruxelas deverá passar a ser produzido no México Direitos de autor Matthias Schrader/AP
Direitos de autor Matthias Schrader/AP
De  Yolaine De Kerchove Dexaerde
Publicado a
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A unidade de fabrico da Audi em Bruxelas vai deixar de produzir um dos modelos mais avançados, a partir de 2025, numa decisão que poderá pôr em risco mais de três mil postos de trabalho diretos.

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Os funcionários da fábrica da Audi em Bruxelas não regressaram ao trabalho esta semana após as férias de verão. A paralisação foi decidida como resposta à decisão da Volkswagen, fabricante automóvel alemão que é dona da Audi, de acabar com o sistema de montagem em 2025.

Esta unidade produz um dos modelos elétricos tecnologicamente mais avançados: o SUV e-tron Q8. A quebra na procura e os elevados custos de produção são fatores apontados pelos gestores para tomarem a decisão.

Mais de três mil postos de trabalho estão em risco, a que se juntam várias centenas de subcontratados. A Euronews falou com um desses trabalhadores, que está ao serviço com subcontratado desde 2006.

"Estou zangado com tudo o que está a acontecer, com a decisão de fechar a unidade. Se ao menos houvesse alternativas, mas não acreditamos nisso", disse Joaquin Malpica.

Encerramento encapotado?

A administração diz que não se trata de um encerramento porque estão a estudar a possibilidade de atribuir outras tarefas.

"Ainda existe uma série de soluções possíveis. Uma delas é integrar certos projetos nesta unidade, como por exemplo, a produção de peças para outras fábricas. Estamos também a falar com potenciais investidores, mas só falaremos disso quando houver algo de mais concreto", disse Peter D'hoore, porta-voz da fábrica.

A Volkswagen, de origem alemã, é o principal grupo automóvel da Europa e esta semana anunciou um plano de redução de custos.

Pela primeira vez, a empresa vai encerrar duas fábricas na Alemanha e alega que a competição norte-americana exige estas medidas de contenção.

"O futuro do modelo Q8 passa pelo México porque o potencial de vendas no México e nos Estados Unidos é muito maior. O trabalho é provavelmente mais barato. Não têm os impostos de importação dos Estados Unidos", afirmou Pascal Debrulle, delegado do sindicato FGTB. "Portanto, estamos claramente a transferir a produção, porque 50 % das vendas futuras estimadas estão no continente americano", acrescentou à Euronews.

Os trabalhadores da unidade de Bruxelas marcaram uma manifestação para 16 de setembro e os delegados dos sindicatos alemães anunicaram que poderão juntar-se ao protesto.

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