E que tal um festival de música em pleno deserto? É assim o festival do Sahel no deserto de Lompoul, a sul de Saint-Louis, no Senegal. É sempre assim, no início da primavera. O festival celebra a música e a cultura de África.
Isto é um ajuntamento. Queremos reunir e misturar as culturas.
Modou N’Diaye vem de Casamança, no sul do Senegal: “Isto é um ajuntamento. Queremos reunir e misturar as culturas. Assim, a Mauritânia fica a conhecer o Senegal, por exemplo. Ontem, o Vieux Farka touré, filho do Ali Farka Touré, que ganhou um grammy, Esteve cá. Toda a gente pôde vir, ele veio ao Senegal de propósito para dar o concerto”.
A maior parte da música africana está muito enraizada nas tradições de cada país ou região. Sahad Sarr é vocalista e guitarrista dos “Sahad and The Nataal Patchwork”, um grupo de Dakar: “O festival promove a cultura aqui no Sahel. Promove o nosso conhecimento, a nossa forma de fazer e ver as coisas. É isso que significa”, diz.
O festival juntou mais de duas mil pessoas em dois dias. O programa é simples: Dançar toda a noite nas dunas e, quando o cansaço chama, dormir numa das 200 tendas erguidas no deserto. Desde 2009, já passaram por aqui cerca de 30 artistas e grupos de 14 países.