"Inteligência dramática" e "naturalidade" são alguns dos adjetivos que a imprensa britânica tem usado para elogiar a bailarina russa.
A bailarina russa Natalia Osipova continua a conquistar o público da Royal Opera House, em Londres. O papel de Tatiana no ballet “Oneguin” corografado por John Cranko valeram-lhe críticas positivas.
“Inteligência dramática” e “naturalidade” são alguns dos adjetivos que a imprensa britânica tem usado para elogiar a bailarina russa.
De acordo com Natalia Osipova para conseguir incarnar um papel é preciso vivê-lo na própria pele. “Os papéis que incarno no palco têm de ser vividos. Não posso apenas representar. Digo sempre à minha mãe que sou uma má atriz. Quando as coisas não funcionam e não consegue incarnar o papel no palco, as coisas deixam de se naturais e não é esse o caminho que eu gosto de seguir”, contou a bailarina.
Em 2014, Natalia Osipova venceu o prémio da dança no Reino Unido. Mas o sucesso não a impede de ficar nervosa antes de cada atuação. “Tenho sempre medo antes dos espetáculos, é insuportável. As pessoas podem pensar que não ficamos preocupados mas à medida que vou envelhecendo é cada vez pior. Há alturas em que só me apetece entrar num táxi e ir embora antes do espetáculo.
Claro que não o faço mas esse sentimento incomoda-me bastante”, confessou Osipova.
Aos 28 anos, a bailarina inicia uma nova fase na carreira e pretende dedicar-se mais à dança contemporânea. “Nos últimos dez anos fiz vários papéis. Agora quero centrar-me nas coisas para as coisas tenho um talento especial, papéis psicológicos e dramáticos e dança contemporânea. Atualmente, há muitos coreógrafos interessantes. Quero experimentar várias coisas e retirar-me gradualmente da dança clássica”, contou a bailarina.
Natalia Osipova tornou-se bailarina principal do Royal Ballet londrino, em 2013, depois de ter sido convidada a interpretar “O lago dos cisnes”. O público pode voltar a vê-la a 16 de abril no espetáculo “La Fille Mal Gardée”, no Covent Garden, na capital britânica.