O concerto dos Darga foi um dos destaques da mais recente edição do Festival de Música Gnaoua, na cidade de Essaouira, em Marrocos. Os Darga (o nome
Basta falar e cantar em marroquino, dirigir-se aos marroquinos. A mensagem passa diretamente.
O concerto dos Darga foi um dos destaques da mais recente edição do Festival de Música Gnaoua, na cidade de Essaouira, em Marrocos.
Os Darga (o nome do grupo significa ‘cato’) fazem parte da vaga de de novos talentos que têm animado a cena musical do Magrebe nos últimos quinze anos. O grande lema da banda é a “mestiçagem”.
“A nossa música tem muitas influências, do Reggae ao Rock. Além disso temos o nosso próprio património musical. Tentamos misturar todos esses elementos, tanto mais que a banda integrou quatro músicos da África negra, o Herman e o senhor Nguissen, o que nós dá uma sonoridade mais africana do que ocidental”, contou Nabil Sakhra.
Graças à mistura entre sonoridades modernas e tradicionais, ritmos africanos, marroquinos e jamaicanos, os Darga têm cativado fãs de todas as idades.
A banda canta em várias línguas, Darija (um dialeto árabe), em francês e em inglês.
“Basta falar e cantar em marroquino, e dirigir-se aos marroquinos e a mensagem passa diretamente, frisou Mohammed Laâbid.
“As pessoas identificam-se com as nossas canções. Tentamos falar das coisas que estão mal, por vezes com humor, outras vezes somos sérios, tudo depende da atualidade, há vários fatores”, acrescentou Nabil Sakhra.
Lançada em 2001, a banda composta por antigos estudantes de Belas Artes já lançou dois álbuns e tem feito numerosas digressões em Marrocos e na Europa.