Vários nomes do cinema prestaram homenagem às vítimas dos atentados de Paris, durante a cerimónia de entrega dos Óscares honorários em Los Angeles.
Vários nomes do cinema prestaram homenagem às vítimas dos atentados de Paris, durante a cerimónia de entrega dos Óscares honorários em Los Angeles.
O evento anual da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas teve lugar no sábado, dia 14 de novembro, um dia depois dos ataques terroristas na capital francesa.
“É uma coisa global. Não tenho resposta. O meu coração está com as famílias que perderam os seus próximos”, afirmou o realizador Spike Lee.
“É obviamente um ataque contra a tolerância. Por isso temos de defender os nossos valores. Se acreditamos neles e nós acreditamos na compaixão mútua, na tolerância e na liberdade”, frisou o realizador Danny Boyle.
“Lembra-nos o que se passou no 11 de setembro e desta vez espero que façam bem as coisas. Espero que possamos agir de forma unida, com o resto do mundo, em vez de fazermos coboiadas sozinhos. Não podemos olhar para este problema como algo que só pode ser resolvido de forma violenta e militar”, disse o atoe norte-americano Mark Ruffalo.
“Não sei o que podemos fazer, a minha primeira reação não é necessariamente a melhor, é uma reação visceral. Temos que nos livrar desses criminosos, custe o que custar. Mas não sei o que podemos fazer. Também não posso dizer que por ser ator nada tenho a ver com a situação porque isto diz respeito a todos”, afirmou o ator Peter Fonda.
“O mais importante é continuar a viver. É uma noite importante. Sou uma atriz. É uma noite importante para mim. Temos de continuar a trabalhar. Vocês são jornalistas e têm de continuar a trabalhar. As pessoas de Paris também têm de avançar e viver as suas vidas”, sublinhou a atriz Patricia Clarkson.
“Os terroristas querem interromper o curso normal da nossa vida e nós temos de continuar a viver normalmente, a fazer a nossa vida”, disse o ator Ian Mckellen.
É chocante, onde quer que aconteça. É algo horrível que nos leva a reflectir sobre a melhor forma de lidar com isso mas também penso que é preciso continuar a viver e não se deixar derrotar”, frisou a realizadora britânica Sarah Gravon.
A presidente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas prestou homenagem às vítimas.
“A nossa relação com o cinema francês é muito forte. Influenciamo-nos mutuamente, dos dois lados do oceano Atlântico, desde o primeiro filme dos irmãos Lumière. Esta reunião para celebrar a nossa história e as pessoas que a marcaram é também uma forma de homenagear os que morreram”, considerou Cheryl Boone.