"Drácula: Música e Filme": O imaginário de Stoker em Bucareste

"Drácula: Música e Filme": O imaginário de Stoker em Bucareste
De  Antonio Oliveira E Silva  com REUTERS

O filme "O Drácula", de 1931, ganhou uma nova vida graças ao compositor Philip Glass e ao Quarteto Kronos, num espetáculo único, em Bucareste.

O filme “O Drácula” ganhou uma nova vida graças ao compositor norte-americano Philip Glass e ao Quarteto Kronos. Juntos, protagonizam o espetáculo “Drácula – Música e Filme”, com uma versão redigitalizada do clássico de 1931, com o ator Bela Lugosi no papel principal.

Os temas do espetáculo, que teve lugar na capital romena, Bucareste, foram especialmente compostos por Philip Glass para a versão do filme surgida em 1998. Para o compositor, acompanhar o filme com música ao vivo permite uma experiência mais rica e mais real:

“A razão pela qual gostamos de uma prestação ao vivo é que o resultado é sempre diferente.
Ao tocar durante a exibição do filme, pode dizer-se que estamos a contribuir para uma sessão mais viva, com mais realismo. Porque o realismo da orquestra torna-se também no realismo do filme.”

O auditório romeno mostrou-se muito entusiasmado com o espetáculo. Afinal, conta uma história passada no seu país. Tanto o filme de Tom Browning como o livro de Stoker foram pouco divulgados na Roménia até à queda do comunismo, nos anos 90, mas o imaginário do Conde de Drácula é, hoje em dia, popular em toda a Roménia.

Há quem diga que o Castelo de Bran, situado na fronteira entre as atuais regiões romenas da Transilvânia e Valáquia, serviu de inspiração para Stoker, ao criar a residência do Conde de Drácula. No entanto, o autor nunca esteve no Castelo de Bran.

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