“Poliphony”: trata-se de uma iniciativa da Concertgebouw, cujos músicospercorrem os países da União Europeiapara tocar com jovens orquestras. A viagem começou pela Irlanda e a Eslovénia.
“Temos muito orgulho na polifonia que existe na Europa: tocamos desde Bach e Mozart até música moderna. Todas estas obras, todos estes compositores, resultam da interação europeia, da polifonia. É claro, que hoje em dia, há muitas dúvidas em relação a Bruxelas, ao conceito de Europa. Mas, por isso mesmo, surgiu esta ideia de tocar em todos os países da União Europeia. Juntamos os nossos músicos experientes a jovens orquestras para ensaiarem em conjunto, para organizarem masterclasses, para os formar, para estimular a interação e refletir sobre o quão produtiva ela tem sido ao longo dos séculos, recolhendo influências de várias culturas diferentes. Não tem de haver obstáculos: é uma oportunidade de se dar a conhecer ao Outro”, diz-nos Jan Raes, diretor da Orquestra da Concertgebouw.
Official start of #RCOmeetsEurope in
NCH_Music</a> Dublin. <a href="https://twitter.com/RCOamsterdam">
RCOamsterdam performed Side by Side withNYOItweets</a> <a href="https://t.co/CzUxUCOJWH">pic.twitter.com/CzUxUCOJWH</a></p>— Concertgebouworkest (
RCOamsterdam) 27 août 2016
Daniele Gatti, que se inicia agora como maestro principal, explica que “o projeto chama-se ‘The RCO Meets Europe’ e dá uma oportunidade a músicos jovens de tocarem com a Orquestra da Concertgebouw. Acho que é um ato de grande generosidade por parte dos nossos músicos. Há jovens, provenientes dos mais diversos contextos, das mais diversas escolas, que têm assim a oportunidade de tocar connosco em palco. O que mais me marcou foi ver alguns dos nossos músicos chegarem mais cedo para ajudar esses jovens, para os acompanhar nas passagens mais difíceis e depois poderem tocar todos juntos”.
Para Jan Raes, “a arte une as pessoas. É maravilhoso poder identificar as emoções dos outros. Para mim, a arte traz-me paz, mostra-me aquilo que é realmente importante na vida. É algo que lança pontes entre o que é realmente relevante e que está para além das palavras, para além da nossa vida quotidiana”.