A longa-metragem “Apnée”, de Jean-Christophe Meurisse, passou quase despercebida nas salas de cinema francesas mas é, sem dúvida, uma agradável surpresa…
A longa-metragem “Apnée”, de Jean-Christophe Meurisse, passou quase despercebida nas salas de cinema francesas mas é, sem dúvida, uma agradável surpresa cinematográfica.
Desde o início do filme, mergulhamos num mundo estranho povoado por três personagens. Na primeira cena, dois homens e uma mulher desejam casar-se e dirigem-se ao registo civil, mas, a lei não autoriza o casamento entre três pessoas.
O filme é um conjunto de surpresas e momentos absurdos, com patinadores nus, ladrões desajeitados, e testemunhas da deposição da cruz, numa mistura constante entre o banal e o extraordinário.
O ritmo da longa-metragem é inconstante, mas, o que prevalece é a loucura do trio de atores oriundos da companhia parisiense “Les chiens de Navarre”.
“Apnée” faz-nos sorrir, faz-nos rir e incomoda, mas, é, acima de tudo, um grande momento de poesia.