Os Cães, a Ilha e a obsessão pelo detalhe em exposição

Os Cães, a Ilha e a obsessão pelo detalhe em exposição
De  Antonio Oliveira E Silva  com REUTERS

Está patente em Londres uma exposição com as personagens do filme de animação "A Ilha dos Cães", o mais recente filme do realizador Wes Anderson, dos Estados Unidos.

As marionetas são feitas à mão. Tristan Oliver, o diretor de fotografia diz que toda a atenção foi dada aos detalhes.

"Se olharem para o cenário, verão lanternas de papel. Foram todas feitas à mão, com gelo e resina e pintadas à mão, para dar o efeito que procuravamos."

"As pessoas têm a oportunidade de ver aqui, num espaço físico, estes adereços lindos que só poderão ser vistos no grande ecrã."

Uma história muito atual

"A Ilha dos Cães" conta a história de uma cidade japonesa que decide deportar todos os cães que lá vivem para uma ilha onde deposita o lixo, durante uma epidemia de gripe canina.

Ari, de 12 anos, é o filho adotivo do presidente da Câmara. Decide escapar de casa e voar até à ilha, à procura do seu cão, o Spots. Entretanto, o presidente da Câmara impede um cientista de curar os animais.

Uma estudante de intercâmbio, originária dos Estados Unidos, acusa então o presidente de querer pôr os habitantes da cidade contras os cães. O seu visto de permanência é imediatamente anulado.

O filme aborda temas relacionados com a migração, a xenofobia e o preconceito.

No entanto, o realizador explica que o guião foi pensado muito antes das grandes crises relacionadas com migrantes e refugiados que têm vindo a abalar, com mais intensidade, a América do Norte e a Europa.